domingo, 23 de março de 2014

Como melhorar sua Redação para a prova da PF/PRF.

Olá Snipers.... Tudo bem ?!?!

Espero que sim... Espero também que o ritmo dos estudos e dos treinos estejam indo sem problema algum. Lembrando a todos: "Quando a hora do certame chegar, o tempo para se preparar já passou", portanto, foco total na MISSÃO, pois quando menos esperar, o edital estará na praça.

Hoje, não será bem uma matéria, vou dar dicas de como melhorar sua dissertação para a FEDERAL, com base em experiências da época que, nessa parte, era um "calo" na minha vida lá nas cabines do LFG.

Muitas pessoas, às vezes, não tem condição de pagar um bom professor de redação para corrigir os textos, eu também não tinha, mas precisava de um, pois não adiantava nada eu passar na primeira fase, se ficaria na segunda fase.

Minha formação na escola foi precária como os de muitos estudantes para a FEDERAL... Eu não sabia iniciar uma redação, não sabia onde colocar os conectivos, resumindo, a reprovação no certame era certa. Quando tomei conhecimento da minha condição, fiz um curso de redação (tive que pegar dinheiro emprestado com o "paitrocínio", ehhehehe) o qual o professor corrigia 06 redações. Na época, lembro-me que foi bem caro, mas eu precisa desse "start" inicial.

Nessas 06 aulas, consegui absorver tudo o que o professor disse, pegando os "modelos", memorizando os conectivos, fazendo a famosa "receita de bolo" da redação. Após esse curso, o professor falou que eu tinha muita dificuldade e que tinha que praticar, com rotina, a produção de textos e que não precisava mais de aulas, apenas de um professor para corrigir os textos.

Segui a risca o que ele me disse... No começo, eu pagava ele para corrigir, depois, por motivos pessoais, esse professor não pode mais corrigir minhas dissertações. Um professor que corrigiu cerca 60% das minhas dissertações foi o Prof. Marcelo Braga. Sei que muitas pessoas o criticam pelas suas correções superficiais, mas, para mim, era o suficiente, pois prestava muita atenção na produção de textos e dava para colegas de cursinho corrigirem também.

Portanto (hahahaha aprendi com o professor de redação esse conectivo), esse método deu muito certo para mim que tinha muita, mais muita dificuldade em escrever....Consegui a aprovação na Federal e em alguns outros concursos que necessitavam de redação. Aí vem a pergunta... quantos redações vc fez?

Eu fiz quantas foram necessárias para PASSAR... No final, fazia duas a cada 10 dias... E olha o que acabei achando aqui em casa arrumando as coisas. A minha última redação de número 80......




Não podemos marcar bobeira.... SER FEDERAL não é profissão, é UM SONHO !!!!

Estamos juntos SEMPRE !!!

Forte abraço e até breve!

quinta-feira, 6 de março de 2014

DICAS DE ESTUDO - HORAS BRUTAS E LÍQUIDAS DE ESTUDO

Olá amigos futuros federais! Hoje eu vou escrever um pouco sobre técnicas e dicas de estudo, mais especificamente sobre algo que muito me afligia quando eu estava estudando, que era no momento de fazer meu “benchmarking”, ou seja, comparar o andamento do meu ritmo de estudos com o dos meus colegas. É que há grande divergência na forma como as pessoas calculam suas horas estudadas, e isso acaba gerando grandes distorções, de forma que fica difícil comparar o quanto você estuda com o quanto seus amigos estudos, pois cada um faz as contas de uma maneira diferente. Venho aqui então falar sobre a diferença conceitual de HORAS BRUTAS e HORAS LÍQUIDAS de estudo.

Bem, então basicamente o que vamos falar é sobre a quantidade de horas de estudo por dia que alguém consegue fazer. Claro que isso varia muito de pessoa pra pessoa, das atividades do dia-a-dia (trabalho, família etc), da capacidade de concentração, da situação financeira, dos problemas da vida, da garra/vontade/iniciativa/disciplina, da época atual com relação a uma possível data de prova, etc.

Em primeiro lugar, destaco que aprendi esse conceito de horas brutas e líquidas no livro COMO PASSAR EM PROVAS E CONCURSOS do Alexandre Meirelles, que recomendo bastante. Se você procurar no google vai encontrar diversos textos explicando o que são as horas líquidas e as horas brutas. Eu, particularmente, tenho até um conceito mais radical, o de "horas liquidíssimas", pois desconsidero qualquer perda de tempo, inclusive folhear um livro, procurar um assunto no índice. Acho que quanto mais "líquidas" forem as horas contadas, melhor, pois mais tempo de estudo efetivo você terá feito.

Mas, qual é uma boa quantidade de horas brutas e líquidas pra se estudar por dia? No primeiro parágrafo comentei que depende de uma série de fatores. No meu caso, por exemplo, essas horas variam bastante, de 1 hora líquida por dia até 5 horas líquidas por dia, geralmente. Não costumo passar de 5 horas líquidas por dia, quase nunca.

É notório observar também que o que muitas pessoas fazem é perguntar pra seus amigos e colegas que também estudam pra concurso quantas horas por dia estudam. Essa informação QUASE SEMPRE é deturpada pela pessoa que dá a informação, pois ela mesmo se sente constrangida com a pergunta, e tende fortemente a dizer um valor muito maior que a realidade. Se essa pessoa fosse colocar na ponta do lápis, inclusive levando em consideração conceitos básicos de estatística que vou comentar daqui a pouco, o resultado seria bem menor.

Em primeiro lugar, quando alguém é perguntado sobre quantas horas estuda por dia, tende a responder a quantidade de horas brutas. Ai quando você retruca, e pergunta se são horas líquidas ou brutas, às vezes a pessoa faz um "ajuste", e diz "ahhh tá, horas líquidas são menos", e te dá outro valor, bem menor. Geralmente as horas líquidas não correspondem a mais que 2/3 das horas brutas, ou até menos. Essa conversão corresponderia a estudar 40 minutos e descansar 20. Ou seja, você estudou 60 minutos brutos, mas apenas 40 minutos líquidos (pois descontou as paradas). E parece um tempo de descanso muito grande, mas na prática não é... Se você começar a contabilizar as horas que efetivamente estuda (horas líquidas), vai notar que o tempo de descanso é de 20 minutos a cada 1 hora, ou até mais que isso.

Esse é um dos erros estatísticos que eu queria comentar. Esse erro na hora de calcular a média ocorre tanto no momento de dizer o número de "horas de estudo médio por dia" quanto nesse aspecto de "número de minutos de descanso por hora de estudo". Na média (ou até “no mínimo”) o tempo de descanso é de 20 minutos, sim, e isso leva a um aproveitamento de 2/3 (66% aproximadamente) apenas, e não mais que isso! Isso acontece porque num determinado dia você pode até ter estudado 55 minutos e descansado 5, depois estudou mais 50 e descansou só 10, e depois estudou mais 60 minutos seguidos, o que levou a um tempo de descanso bem pequeno. Mas no outro dia você tirou meia hora de descanso, depois mais 20 minutos, e NA MÉDIA o valor vai tender pra 20 minutos de descanso pra cada 40 minutos de estudo.

O mesmo acontece quando alguém calcula as horas de estudo médias por dia. Quando alguém é indagado sobre isso, quase sempre essa pessoa pensa não na média real histórica (vou explicar como calculo isso, por cada ciclo), e sim no valor máximo que geralmente consegue estudar.

Por exemplo, se em 10 dias seguidos a pessoa estudou somente 8 dias (2 dias não estudou nada), sendo que estudou 2 horas liquidas num dia, 3 horas liquidas no outro, 4 horas liquidas no outro, depois 2 horas liquidas de novo, depois 4 horas liquidas no outro, 3 horas liquidas no outro, e mais 3 horas liquidas e mais 2 horas liquidas. No total de horas, temos 2 + 3 + 4 + 2 + 4 + 3 + 3 + 2, que corresponde a 23 horas liquidas estudadas em 10 dias. Isso dá 2,3 horas por dia. Mas se você olhar a sequencia de horas por dia, tem a falsa impressão de que 2,3 seria um número muito baixo para a média... e daí ente a "forçar" um número mais alto. Isso acontece porque as pessoas têm a tendência de olhar para os números mais altos, e aproximar a média desses resultados altos do período, só que a média é uma medida "dura na queda", impiedosa. Os dois dias em que a pessoa não estudou NADA contam muito nessa média, pois são dois dias em que o total foi ZERO.

Na hora de contar as horas e calcular a média, muita gente ESQUECE ou IGNORA os dias em que não estudou nada (dias de descanso, ou dias de compromissos pessoais que a impediu de estudar), o que faz a média diária “imaginada” pela pessoa aumentar falsamente. E como o número de dias de descanso varia muito de pessoa pra pessoa, acaba que fica impossível você comparar suas horas por dia de estudo com seu amigo, pois se você por exemplo NUNCA tira um dia de descanso, e o seu amigo tira 2 dias de descanso na semana, e ambas as médias são calculadas sem considerar esses dias, o resultado fica extremamente distorcido, e torna-se incomparável.

Por isso que eu costumo calcular as minhas horas de estudo líquidas da seguinte maneira: eu faço a conta "por ciclo", ao final de cada ciclo de estudos (também é um conceito que aprendi no livro do Alexandre Meirelles, cuja leitura recomendo). Então, por exemplo, se meu ciclo de estudos em questão começou no dia 01/01/2013 e terminou no dia 25/01/2013, e nesse período eu estudei 69 horas líquidas, como eu calculo minha média de horas líquidas de estudo por dia? Bem, o período em questão compreende 25 dias seguidos, em que eu estudei um total de 69 horas (não interessa se algum dia desse período foi de descanso, o que importa é o período total, e isso que deve ser considerado), então eu divido 69 por 25, o que dá aproximadamente 2 horas e 45 minutos por dia.

Eu considero esse o melhor indicador possível para o cálculo de horas, e você deve re-calculá-lo a cada fim de ciclo, pra saber se está diminuindo ou aumentando suas horas líquidas de estudo, de um ciclo para o outro. Sempre considerando o primeiro dia do início do ciclo e o último dia, calculando o total de dias corridos entre essas duas datas, e somando as horas líquidas (não brutas) de estudo totais. A única ressalva que faço é que, claro, pode haver alguma questão particular que aconteça num determinado ciclo específico que faça a média baixar muito, e cause uma distorção no número. Por exemplo, se você contrair DENGUE e ficar 15 dias de cama, sem poder se mexer, ou então você tiver que fazer uma viagem de 5 dias pelo trabalho e não tiver como TOCAR no livro (nem que queira), é claro que pode descontar esses dias. Cabe ao "estatístico" decidir quais são os "outliners", ou seja, os dados sujos, que distorcem erroneamente os números, e retirá-los da estatística. Só não vale "roubar", e excluir da conta dias úteis em que você poderia e deveria EFETIVAMENTE ter estudado, pois aí você estará se enganando... Acho que deu pra entender, né?

Agora, sobre a quantidade de horas líquidas por dia que se deve estudar... Isso varia muito. Considero que pra quem TRABALHA muito durante o dia (ex: de 9h da manhã às 20h), uma média histórica (calculada do jeito que eu expliquei acima) de 2 horas líquidas de estudo por dia é coisa pra caramba (incluindo finais de semana no cálculo, é claro, pois são esses dias que aumentam a média, e compensam os dias de semana em que eventualmente não se possa estudar por falta de tempo, cansaço ou outros compromissos).

Já pra quem NÃO trabalha, ou seja, dedica 100% do tempo a estudar, acho que uma média de 5 horas líquidas por dia é uma excelente média. Eu mesmo não consigo fazer nem de perto as 5 horas líquidas por dia. Minha média por ciclo normalmente é de 2 horas líquidas por dia. Apesar de eu não trabalhar, minha média é correspondente a de alguém que trabalha. Isso acontece porque eu sou meio vagabundo mesmo, tem dias em que eu acordo e simplesmente não consigo começar a estudar (preguiça, procrastinação, etc). Mas tem épocas que eu estou mais empolgado, e consigo fazer 4-5 horas líquidas por dia. Como uma coisa compensa a outra, os dias em que eu estudo ZERO horas batem de frente com os dias em que eu estudo 4-5 horas, e aí a média acaba dando em torno de 2 horas líquidas por dia, apesar de alguns dias eu estudar pra caramba.

Mas se eu não tivesse feito essa reflexão toda, quando alguém me perguntasse quantas horas de estudo eu conseguiria fazer por dia, eu responderia quanto? Certamente eu responderia “4-5 horas líquidas por dia”... Mas isso é uma mentira, porque esse número é um dia EXCELENTE de estudo (meu melhor dia), e não a média real histórica. Minha média é, na realidade, 2 horas líquidas por dia. As pessoas tendem a pensar no número de horas que conseguem fazer num típico excelente dia de estudos, e não na média.

Quando você soma  suas horas de estudo pelas horas líquidas (e não pelas horas brutas), e além disso faz o cálculo da média dessa maneira, vai ver que o número diminui MUITO, mas é um número muito mais condizente com a realidade. Isso é importante pra você aprender a se balizar e entender o seu ritmo de estudo, e NÃO se desesperar quando alguém virar pra você e falar que estuda 10 horas líquidas por dia em média, o que obviamente é uma mentira, ou pelo menos um equívoco. Ninguém estuda "em média 10 horas líquidas por dia" se não for depois de lançado o edital de um concurso (digamos, a 30 dias da prova).

Só pra você ter uma noção, pra alguém conseguir estudar 10 horas líquidas por dia, considerando um aproveitamento MUITO BOM de 2/3 das horas brutas estudadas, a pessoa teria que dedicar 15 horas brutas do seu dia aos estudos, o que corresponderia a acordar 7h da manhã, começar a estudar 7h30 e ir até 13h30 (nesse período haveria 1/3 do tempo de intervalos para descanso), totalizando 6 horas brutas. Recomeçando à tarde às 14h30, e indo até 19h30, seriam mais 5 horas brutas (totalizando 11 horas brutas). Faltariam ainda 4 horas brutas pra somar as 15 horas brutas, que seria das 20h30 às 24h30.

Ou seja, pra alguém conseguir essa marca teria que ter passado TODO o seu dia útil praticamente sentado na cadeira, só parando pra comer, beber água e ir ao banheiro, sem nenhum tipo de lazer (ver um filme completo, fazer compras pra casa, ir à academia, etc). Você acha mesmo que é possível fazer isso TODOS OS DIAS, sem descanso, pra conseguir uma "MÉDIA REAL" de 10 horas por dia? Impossível né?...

Ou seja, quando alguém disser pra você que "estuda em média 10 horas por dia", pergunte três coisas: (a) se são horas brutas ou líquidas; (b) se esse valor é uma média histórica REAL, ou se é a melhor marca que a pessoa consegue fazer (num excelente dia de estudo); (c) se ela calcula isso realmente como MÉDIA, ou seja, considerando nessa conta os dias em que NÃO ESTUDA. Você se surpreenderá com o resultado!

O objetivo deste post foi fazer você entender que é melhor você calcular as suas horas de estudo sempre LÍQUIDAS, pois vai te dar uma melhor noção da realidade, e também a entender que ninguém estuda 10 horas líquidas por dia EM MÉDIA, por isso não precisa ficar desesperado achando que você não consegue estudar igual aos seus amigos.