terça-feira, 25 de abril de 2017

COACHING - Gestão da Qualidade - Diagrama de Ishikawa

Olá amigos concurseiros, da área policial, ou não.

Hoje daremos continuidade ao assunto abordado em nossa última postagem aqui no BLOG MF, e falaremos sobre uma técnica de QUALIDADE E MELHORIA CONTÍNUA que pode ser aplicada ao seu estudo, e que visa otimizar seu aprendizado, e por consequência aumentar o resultado líquido das questões e simulados que faz.

Nossa postagem anterior sobre o referido tema foi sobre a ferramenta denominada CICLO PDCA. Caso você tenha perdido, segue o link para leitura: http://blogmissaofederal.blogspot.com.br/2017/04/como-melhorar-seu-estudo-para-concurso.html

Desta vez falaremos sobre uma outra ferramenta de melhoria contínua e qualidade também muito importante para o estudo, denominada DIAGRAMA DE ISHIKAWA, que também é conhecida como DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO ou DIAGRAMA ESPINHA DE PEIXE. 

Esta ferramenta normalmente é utilizada em processos de qualidade em indústrias (no chão de fábrica), e tem características muito específicas que não se aplicam a nós, do mundo dos concursos públicos. Por esta razão, adaptaremos algumas coisas para que a aplicação da ferramenta seja 100% pertinente à nossa realidade. 

Mas primeiro, vamos entender a estrutura geral da ferramenta, para sabermos como utilizá-la corretamente.

Esta é uma ferramenta que serve para encontrar as causas determinantes de um problema específico, levantado pela pessoa que está investigando um tal processo. No nosso caso, o processo a ser analisado é o processo de estudo, memorização, fixação, consolidação, e simulação, ou uma parte dele.

Para iniciar a aplicação da ferramenta, o aluno concurseiro deve identificar o principal problema existente no seu processo de estudo. Essa parte não tem regra, mas os problemas mais comuns que encontro são: nota baixa nos simulados, pouco tempo de estudo por dia, estudo realizado com pouca qualidade, dentre outros problemas. 

Na aplicação desta ferramenta o aluno deve elencar apenas um único problema. Caso ele identifique que tenha vários problemas em seu processo de estudo, deverá aplicar a ferramenta tantas vezes quanto forem necessárias, uma vez para cada problema (ainda que uma mesma causa-raíz gere diversos problemas distintos).
Então, ao identificar qual problema será analisado, o aluno deverá anotá-lo dentro de um quadrado, do lado direito de uma folha, ou de uma planilha eletrônica, ou de um aplicativo para geração de fluxograma. O meio tanto faz.

A partir daí, deve traçar uma linha horizontal principal passando por esta caixinha, vindo da esquerda, e desta linha principal, devem partir linhas secundárias, fazendo um ângulo que, ao final, vai fazer lembrar o formato de uma espinha de peixe. Veja abaixo:



A ideia de fazer o diagrama desta forma é deixar o problema do lado direito, como se fosse a “cabeça” do peixe, e deixar as “espinhas” para alocar as causas-raízes que geram aquele problema. Normalmente se atribui um assunto/tema específico para cada “ramo” da espinha do peixe, e logo abaixo de cada um deles as causas-raízes propriamente ditas. Seria algo mais ou menos assim:



Então, o próximo passo seria definir quais os temas/assuntos devem ser abordados. O aluno concurseiro deve fazer um “brainstorming” e refletir, a fim de elencar quais temas englobam as causas-raízes do seu problema -- aqui no nosso caso, o problema de “estudar pouco”.

Fazendo uma rápida reflexão exemplificativa, poderíamos chegar aos seguintes grupos: Preguiça/Procrastinação, Cansaço (físico e mental), Motivação, Distrações da Vida, Ambiente de Estudo, Material de Estudo, Organização Pessoal/Método de Estudo e Outras causas diversas. Este é apenas um exemplo que veio na minha cabeça. O aluno poderá determinar quais grupos de problemas quiser, desde que sejam pertinentes ao seu caso.

Ao elencar os grupos, o Diagrama ficaria assim:



Agora, o que precisa ser feito é outro brainstorming para elencar as causas raízes existentes dentro de cada grupo. 

Vamos dar alguns exemplos. 

Na parte de Preguiça/Procrastinação, poderíamos colocar a cama, o sofá, a rede, que ficam próximos ao estudante, e levam à tentação de dar uma “deitadinha” a cada meia hora para se espreguiçar. 

No grupo das Distrações, podemos citar o video-game, o celular, o facebook, o whatsapp, o Netflix, dentre outros. 

Na parte do Ambiente, podemos citar as interrupções feitas pelos nossos parentes que coabitam a casa, ou a falta de isolamento acústico adequado, ou aquela tia que gosta de assistir televisão no último volume, dentre outras coisas.

Não vamos nos estender muito nos exemplos, porque isso acaba por viesar demais o brainstorming a ser feito pelo aluno. Cada pessoa deve identificar seu próprio problema, seus próprios grupos e suas próprias causas-raízes. Certo?

Bem, depois de fazer tudo isso, é hora de pensar nas possíveis soluções. Devem ser desenhadas soluções para cada uma das causas-raízes. Ou melhor dizendo, todas as causas-raízes devem ser cobertas por soluções, podendo ser individualmente ou em grupo. Em alguns casos, uma única solução pode resolver diversas causas-raízes de uma só vez. Em outros casos, será necessário desenhar uma solução específica para cada causa-raiz. Independentemente da quantidade de soluções, todas as causas-raízes devem ter algum encaminhamento de solução.

Essa definição das soluções não precisa estar necessariamente plotado no desenho do Diagrama de Ishikawa. O aluno pode fazer uma tabela no excel, ou feita no papel mesmo, listando todas as causas-raízes de cada grupo, e ao lado a solução proposta. Veja o EXEMPLO abaixo:



Daí em diante o aluno deve procurar implementar as soluções que ele mesmo propôs para cada causa, e acompanhar de tempos em tempos como estão as coisas, para saber se as soluções foram adequadas ou não. Algumas vezes as soluções propostas estão mal desenhadas, e por isso não funcionam. Outras vezes as soluções estão bem desenhadas, mas foram mal implementadas (ou a implementação foi errada ou foi mal feita). De nada adianta identificar bem o problema, identificar adequadamente as causas-raízes, se as soluções propostas de nada adiantam para resolver o problema elencado. Desta forma, tome bastante cuidado em cada uma das etapas da aplicação do Diagrama de Ishikawa, para garantir que tudo esteja corretamente mapeado, desenhado e implementado.

O grande “pulo-do-gato” da aplicação desta ferramenta de qualidade é fazer com que o aluno primeiro adquira consciência de que existe algum problema. Só o fato de admitir que existe um problema já é um grande avanço, pois a maioria das pessoas não querem nem enxergar que há um problema a ser resolvido.

Em seguida, é importante entender que “nenhum avião cai por uma causa só”, geralmente há uma sequência de problemas que geral uma desgraça. É importante também entender que aquele problema pode ocorrer devido a um conjunto de fatores que agem separadamente ou em conjunto, e que estes devem ser analisados como um todo, verificando eventuais relações e interações entre eles.

Ao final, deve-se procurar tratar as causas (não os sintomas), para que o problema seja mitigado, ou ao menos minimizado.

O Diagrama de Ishikawa pode ser feito para os grandes problemas elencados pelo aluno, que atrapalham seu bom desempenho na absorção do conteúdo (estudo e resumo), na parte de fixação/consolidação (ferramentas de memorização, fazer questões, etc) e na parte da aplicação do que foi aprendido (simulados), e deve ser repetido de tempos em tempos, para verificar se o problema realmente foi mitigado ou não. 

Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, deixe uma mensagem pra gente na parte de comentários, logo abaixo.

E para maior aprofundamento no tema e maiores informações sobre o COACHING MISSÃO FEDERAL (Técnicas de Estudo na Preparação para Concursos Públicos), entre em contato com os Professores (Coaches) do Grupo Missão Federal através da Fan Page no Facebook (https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/) ou através do email: coachingmissaofederal@gmail.com


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Este texto foi redigido pelos COACHES do Grupo de Estudos MISSÃO FEDERAL. TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS (C). A divulgação do conteúdo aqui apresentado tem pré-autorização dos autores para compartilhamento ou divulgação em outros meios desde que seja feito em sua integralidade e sem supressões, adaptações ou alterações, desde que citado o AUTOR (“GRUPO DE ESTUDOS MISSÃO FEDERAL”), bem como citada a FONTE (com menção expressa do link da Fan Page no Facebook - "https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/" - e do link permanente para acesso ao conteúdo original aqui neste blog) e repetido/citado este AVISO (que torna-se parte integrante do texto). Em caso de dúvida, entre em contato conosco previamente através do email coachingmissaofederal@gmail.com. Casos de abuso serão resolvidos na esfera jurídica aplicável, de acordo com a lei.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Como melhorar seu estudo para concurso - CICLO PDCA

Olá amigos concurseiros, sejam da área policial, ou não.

Hoje falaremos sobre duas técnicas que podem ser aplicadas ao seu estudo, que visam otimizar o aprendizado e por consequência aumentar o resultado líquido das questões e simulados que faz.

Na realidade essas duas técnicas compõem os pilares mais importantes e essenciais para o estudo para concurso público. Para contextualizar melhor, vamos definir primeiro quais são estes pilares para uma estratégia de estudo eficaz:

- Estudo pelo ciclo com controle apurado
- Criar seus próprios resumos
- Controle apurado de horas líquidas e brutas
- Revisões programadas e constantes
- Ferramentas de melhoria contínua
- Estabelecimento de rotina diária e semanal de estudos (e treino físico, para quem é da área policial)
- Planejamento, Organização e Gestão
- Ferramentas de fixação e memorização
- Fazer muitas questões e simulados

De todos os itens acima, hoje falaremos sobre a parte de ferramentas de melhoria contínua

Para início de conversa, repare que tudo que envolve o estudo para concursos públicos tem a ver processos cíclicos, repetitivos, iterativos. O aluno deve ciclar os conteúdos dentro de cada matéria, deve ciclar as matérias, e deve repetir os métodos de aprendizado, fixação, consolidação e simulação para TODAS as disciplinas. 

Mas o que é iteração

Buscando no Google, pude encontrar uma definição: “processo de resolução de uma equação mediante operações em que sucessivamente o objeto de cada uma é o resultado da que a precede”. 

Com base na definição acima, considere que o ato de estudar é como se fosse a “resolução de uma equação”, e que ao final da resolução desta equação você obtivesse um resultado, ou seja, tirasse uma conclusão sobre o que foi estudado. E que na próxima vez que você fosse estudar, você levasse em consideração o resultado da última vez que você estudou para melhorar a forma como você estuda

Imagine que você pudesse repetir este ciclo infinitas vezes, sempre estudando, verificando como foi o resultado do seu estudo, e daí utilizando essa informação para melhorar ainda mais a forma como você estuda, e aplicando essa melhoria na próxima vez que fosse estudar. 

Este processo cíclico, iterativo, é nada menos que um processo de melhoria contínua.

Uma das ferramentas mais básicas para realizar este tipo de processo cíclico e iterativo de melhoria contínua é o chamado “CICLO PDCA”.

Buscando na ferramenta Wikipedia, chegamos à seguinte definição: “PDCA (do inglês: PLAN - DO - CHECK - ACT ou Adjust) é um método iterativo de gestão de quatro passos, utilizado para o controle e melhoria contínua de processos e produtos.

Continuando na definição da Wikipedia: “É uma ferramenta baseada na repetição, aplicada sucessivamente nos processos buscando a melhoria de forma continuada para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização. Pode ser utilizada em qualquer ramo de atividade, para alcançar um nível de gestão melhor a cada dia. Seu principal objetivo é tornar os processos da gestão de uma empresa mais ágeis, claros e objetivos.

As palavras-chave retiradas das definições acima são: iteração, controle, melhoria contínua, repetição, metas,, nível de gestão melhor a cada dia, mais agilidade, clareza, etc.

Já deu para perceber como o negócio funciona? Caso não tenha percebido, vamos falar sobre cada letra do Ciclo PDCA, contextualizando para o estudo para concurso público.

Planejar (P) - Como o nome mesmo já diz, é a etapa de planejamento. Aqui, você deve estabelecer sua missão, visão (meta de longo prazo, ou seja, para qual concurso vai estudar), valores, seus objetivos de médio prazo, metas (objetivos de curto prazo), indicadores de cumprimento das metas, sua cadeia de valor do concurseiro (atividades principais, de apoio e princípios e atitudes), desenhar seu ciclo de estudo (definindo as matérias que vai estudar, definindo o tamanho de cada “fatia” do ciclo, a sequencia do ciclo, etc), estabelecer sua rotina de estudo, número de horas que planeja estudar por dia e por semana, quando e como vai fazer as revisões, como e quando vai fazer simulados, etc. Essa etapa não precisa ser feita de uma vez só, mas sim ser algo em constante mudança e aprimoramento. Mas o importante é pensar nessas coisas antes de começar efetivamente. Jamais comece a estudar “a esmo”, sem imaginar as etapas que vai percorrer, a forma como vai estudar, revisar, memorizar, etc. Tudo isso faz parte deste processo de planejamento prévio ao início do estudo. Esse planejamento deve ser feito de forma “macro”, ou seja, com relação ao seu estudo como um todo (estratégia de estudo) bem como no nível mais tático e operacional, ou seja, no planejamento individual do estudo de cada disciplina, na preparação das atividades da sua semana, etc. Tudo o que você pensar e planejar deve ser anotado, registrado, de alguma forma, pois a ideia é que depois esse planejamento todo seja revisto, de acordo com as melhorias que você resolver implementar. 

Desenvolver/Executar (D) - Na verdade esta letra corresponde ao “DO”, que do inglês significa “fazer”. É a execução efetiva do que foi planejado, ou seja, colocar em prática todo o plano estabelecido. É o momento em que se coloca a mão na massa, onde as coisas são executadas da maneira como foram planejadas, podendo ou não dar certo. É o momento de implementar/testar o que foi pensado na etapa anterior e registrar (mentalmente ou formalmente) o que deu certo e o que não deu certo. Nesta etapa, o objetivo é realizar as atividades o mais próximo possível do que foi planejado, mas pequenas alterações podem ser feitas no momento de executar efetivamente o planejado -- apenas pequenas alterações pontuais. As grandes alterações serão executadas nas etapas seguintes. Trocando em miúdos, esta etapa corresponde ao ato de ESTUDAR em si, no sentido mais amplo da palavra, incluindo aí as atividades de estudo, revisão, memorização, fixação, consolidação, treinamento (fazer questões e simulados). 

Checar (C) - Esta etapa consiste na análise de todas as observações realizadas na etapa anterior, para verificar se os resultados obtidos estão de acordo com o planejamento feito anteriormente. No contexto do estudo, várias coisas podem ser observadas aqui, como por exemplo se a quantidade de horas estudadas está de acordo com o planejado, se o número de páginas lidas está de acordo com o que foi planejado, se o resultado percentual líquido das questões ou dos simulados que o aluno fez estão no nível almejado, se as revisões diárias/semanais/mensais estão em dia, etc. É o momento em que se confrontam os indicadores com as metas. Caso os indicadores obtidos estejam em desacordo com as metas estabelecidas, ou seja, com um desvio muito grande, é o momento de pensar: O QUE SAIU ERRADO? O QUE PODE SER FEITO PARA QUE OS RESULTADOS PLANEJADOS SEJAM MELHORADOS (ATINGIDOS OU SUPERADOS)? Este é o momento de listar num papel tudo o que saiu errado, tudo o que tem potencial para ser melhorado e otimizado. É hora de entender quais são as causas-raízes, o que está bloqueando o sistema, o que está impedindo que um resultado melhor seja alcançado, o que está atrapalhando o planejamento, o que está impactando o resultado final. No contexto do estudo, é aqui que o aluno deve refletir, para entender como poderia estudar mais e melhor, e como poderia obter melhores resultados quando faz questões e simulados. Esta atividade deve ser executada SEMPRE logo após realizar algum processo de estudo. Traduzindo: ao estudar alguma matéria, faça uma bateria de 10-20 questões ao final, e use isto como seu indicador para verificar se você entendeu/aprendeu adequadamente o conteúdo estudado (ex: se entendeu tudo da video-aula assistida), ou se, ao contrário, precisa estudar de novo aquela matéria, ou consultar uma fonte alternativa (como um livro de apoio, por exemplo). Isto se aplica também a quando estiver revisando: quando for revisar, faça uma bateria de questões e verifique, ao final, qual foi seu resultado -- procure identificar pontos críticos/cegos da matéria, como partes que você não entendeu direito ou que não conseguiu se lembrar direito porque não utilizou uma adequada ferramenta de memorização… 

Atuar/Agir (A) - Esta é a etapa em que o aluno concurseiro deve analisar os resultados da etapa anteriores e pensar nas possíveis soluções que poderia implementar para minimizar os problemas encontrados, ou para melhorar os processos que já estão adequados ou bons. É a etapa em que possíveis soluções são desenhadas, a fim de que possam ser implementadas na próxima vez que for executar o processo de estudo. Se a etapa anterior falava da identificação dos problemas, esta etapa aqui trata da definição das soluções que vão mitigar os problemas encontrados. É onde o aluno reflete profundamente sobre o planejamento que fez, e define o que precisa ser modificado em suas rotinas, a fim de melhorar os resultados do estudo. Repare que estamos falando aqui em resolver problemas ou melhorar o que já está bom. É por isto que chamamos o PDCA de “CICLO”, porque ele é iterativo, ele se repete várias vezes, com objetivo de melhorar cada vez mais, nem que seja um pouquinho a cada iteração, de maneira que depois de realizar várias iterações seu processo esteja quase que “perfeito”, ou próximo disto. O Ciclo PDCA visa a implementação de ações para atingir a melhoria contínua, assegurar a operação e controle dos processos de estudo. 

Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, deixe uma mensagem pra gente na parte de comentários, logo abaixo.

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Este texto foi redigido pelos COACHES do Grupo de Estudos MISSÃO FEDERAL. TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS (C). A divulgação do conteúdo aqui apresentado tem pré-autorização dos autores para compartilhamento ou divulgação em outros meios desde que seja feito em sua integralidade e sem supressões, adaptações ou alterações, desde que citado o AUTOR (“GRUPO DE ESTUDOS MISSÃO FEDERAL”), bem como citada a FONTE (com menção expressa do link da Fan Page no Facebook - "https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/" - e do link permanente para acesso ao conteúdo original aqui neste blog) e repetido/citado este AVISO (que torna-se parte integrante do texto). Em caso de dúvida, entre em contato conosco previamente através do email coachingmissaofederal@gmail.com. Casos de abuso serão resolvidos na esfera jurídica aplicável, de acordo com a lei.

quarta-feira, 15 de março de 2017

COACHING - A Cadeia de Valor do Concurseiro

Olá amigos concurseiros da área policial. Hoje falaremos sobre mais um assunto relativo ao tema que chamamos de “POG”, ou seja, Planejamento, Organização e Gestão do estudo

A importante ferramenta que abordaremos hoje também foi adaptada do conhecimento de Estratégia Empresarial, e que nós chamamos de “A Cadeia de Valor do Concurseiro”. 

O conceito original que nos inspirou veio do conceito da “Cadeia de Valor” de Michael Porter, cuja definição mais básica tirada do sítio Wikipedia traz o seguinte texto: “Uma cadeia de valor representa o conjunto de atividades desempenhadas por uma organização desde as relações com os fornecedores e ciclos de produção e de venda até à fase da distribuição final. O conceito foi introduzido por Michael Porter em 1985” (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_de_valor). Mais detalhes sobre a ferramenta original podem ser obtidos através de pesquisas mais aprofundadas no Google, mas é desnecessário para nosso âmbito concurseiro.

Como o próprio nome já diz, apesar da descrição da Wikipedia não remeter muito diretamente a isto, e também para quem por acaso já estudou um pouco de estratégia empresarial, o conceito traz a ideia de agrupar e encadear logicamente as atividades que agregam valor ao concurseiro, com foco no seu objetivo final (o objetivo de tomar posse no concurso público almejado, certo?). 

Montar essa cadeia de valor permite “colocar cada coisa na sua caixinha”, e ajuda a compreender o mapo-fluxo de atividades de agregação de valor ao aluno, ou seja, entender que as atividades do dia-a-dia da preparação para o concurso (e outras atividades de apoio) são interdependentes e criam devem sempre criar valor e vantagem competitiva ao aluno em relação a seus concorrentes.

O processo de compreensão, assimilação e conscientização da cadeia de valor do concurseiro permite que aluno possa “filtrar” melhor as atividades que realmente vão agregar valor ao seu objetivo final, e eliminar atividades inúteis a ele. Mais para frente vamos entender melhor como isso funciona.

Vamos começar a entender melhor como se estrutura este conceito. A cadeia de valor do concurseiro tem o seguinte formato:




No retângulo principal da figura que representa a cadeia de valor do concurseiro são dispostas as atividades executadas pelo aluno, e no chamado “chevron” da direita, o seu objetivo principal (a aprovação no concurso público almejado).

Dentro do retângulo principal, as atividades devem ser dispostas de acordo com o grau de importância, ou melhor dizendo, de prioridade. As atividades dispostas mais acima têm mais importância/prioridade que as atividades dispostas mais abaixo. 

Eu costumo dividir essas atividades em três grandes grupos. Mas você pode dividir da forma que achar melhor. Se quiser colocar apenas dois grupos, sem problemas. Se precisar dividir mais, em quatro ou cinco, também pode ser. Ao longo do tempo, depois de muito refletir e modificar minha cadeia de valor, cheguei a estes três grupos. Mas faça do jeito que você achar melhor.

Conforme havia dito antes, quanto mais acima, maior a importância/prioridade da atividade. Logo, a mesma regra vale para os grupos. Desta forma, eu chamei o grupo superior de “Atividades Principais”, que é o grupo mais importante, mais prioritário. Logo abaixo dele vem o segundo grupo em ordem de importância/prioridade, que denominei “Atividades de Apoio”. Por último, com menor grau de importância/prioridade, o grupo dos “Princípios e Atitudes”.



Vale uma ressalva aqui: o grau de decaimento da importância das atividades/grupos é ínfima entre elas. O que eu quis dizer, na realidade, é que as atividades mais superiores são prioritárias em relação às de baixo. Mas TODAS são importantes e se inter-relacionam o tempo todo, ou seja, são interdependentes.

Como você poderá notar em breve, os Princípios e Atitudes sustentam as Atividades de Apoio e as Atividades Principais. E as Atividades de Apoio sustentam as Atividades Principais. Isso deve ser regra. Mas há coisas específicas que devem ser adaptadas para cada caso. A cadeia de valor não deve ser igual para todos os concurseiros. Dependendo do concurso que você for prestar, ou da sua condição física atual, ou de certas dificuldades que você tem como estudante devem ser todas levadas em consideração.

Vamos ver em seguida como foi desenhada a cadeia de valor para o meu caso particular. Esta visão da cadeia de valor que apresentarei engloba a minha situação da época que eu era concurseiro, e também da maioria dos concurseiros médios. A definição de quais são os grupos de atividades, quais são as atividades em si escolhidas para compôr a cadeia de valor, e o inter-balanceamento entre elas é algo que deve customizado para cada caso. Você pode pegar a minha cadeia de valor como ideia para a sua, mas deve observar as nuances da sua situação, das suas dificuldades, das suas fortalezas, das peculiaridades do seu caso específico, e levar tudo isso em consideração no momento de montar sua cadeia de valor.

Então, no meu caso, a cadeia de valor foi desenhada da seguinte maneira:



No grupo das Atividades Principais, o núcleo duro do concurseiro: basicamente treinar e estudar. Note que na parte do estudo estão englobados o estudo em si (aprendizado), a fixação e a memorização do conteúdo, e a prática (fazer questões e simulados). E na parte do treinamento físico temos a técnica de cada modalidade (que deve ser obtida a partir de um profissional da área de educação física), a prática e a simulação (igualmente importante a orientação de um profissional da área). 

Repare também que essas atividades de estudo e treinamento físico estão intimamente relacionadas com a MISSÃO do concurseiro (caso não tenha lido nossa postagem sobre MISSÃO, VISÃO e VALORES, segue o link: http://blogmissaofederal.blogspot.com.br/2017/03/coaching-missao-visao-e-valores-do.html).

No segundo grupo, estão as Atividades de Apoio. Essas atividades não são o estudo em si, nem o treinamento físico para o TAF, mas são atividades que correm em paralelo ao estudo e ao treino, e que ajudam, de forma direta ou indireta, que o estudo e o treinamento físico tenham o melhor resultado possível.

Nestas atividades de apoio, coloquei quatro grandes blocos, que são: Descanso/sono/recuperação, Alimentação/hidratação/suplementação, Motivação e Lazer/diversão

Veja que devido à característica de interdependência das atividades, não é possível realizar o estudo e o treino com máxima performance sem o devido descanso recuperador, sem uma boa alimentação/hidratação, sem estar com a motivação em alta, e sem haver um mínimo de lazer e diversãoTudo isso da forma mais equilibrada e balanceada possível. 

Veja: não adianta o aluno estudar 20 horas por dia e dormir 4 horas por dia. Não adianta estudar 7 dias por semana sem nenhum tipo de lazer. A mente precisa estar . O corpo precisa estar minimamente descansado. Tudo que é feito com sabedoria e equilíbrio acaba saindo com melhor resultado.

No último grupo temos Atitudes e Princípios, que estão aqueles itens relacionados com a parte de Foco, Disciplina, Determinação e Organização. Estes parâmetros são a base de toda a cadeia de valor do concurseiro, são os itens mais fundamentais que ajudam no cumprimento de toda a carga de atividades superiores, que são muito mais extenuantes para o concurseiro, sobretudo as principais.

No processo de Coaching aplicamos a ferramenta da Cadeia de Valor do Concurseiro para suportar a parte de Planejamento, Organização e Gestão do aluno, para que entenda a importância das atividades de apoio meio às atividades principais, e que adquira consciência de que são as “pequenas” atitudes a base de todo esse planejamento, e que tudo o que acontece na vida do concurseiro está intimamente interligado e interdependente.

Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, deixe uma mensagem pra gente na parte de comentários, logo abaixo.

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Este texto foi redigido pelos COACHES do Grupo de Estudos MISSÃO FEDERAL. TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS (C). A divulgação do conteúdo aqui apresentado tem pré-autorização dos autores para compartilhamento ou divulgação em outros meios desde que seja feito em sua integralidade e sem supressões, adaptações ou alterações, desde que citado o AUTOR (“GRUPO DE ESTUDOS MISSÃO FEDERAL”), bem como citada a FONTE (com menção expressa do link da Fan Page no Facebook - "https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/" - e do link permanente para acesso ao conteúdo original aqui neste blog) e repetido/citado este AVISO (que torna-se parte integrante do texto). Em caso de dúvida, entre em contato conosco previamente através do email coachingmissaofederal@gmail.com. Casos de abuso serão resolvidos na esfera jurídica aplicável, de acordo com a lei.

terça-feira, 7 de março de 2017

COACHING - Objetivos, Metas e Indicadores

Olá amigos concurseiros da área policial, e outras.

Hoje vamos abordar mais um assunto da temática de “POG”, ou seja, Planejamento, Organização e Gestão do estudo.

Aqui no Missão Federal entendemos que existem ferramentas corporativas muito interessantes, que se adaptadas, podem ser usadas para pessoas físicas que estudam para concursos. Hoje falaremos da definição e acompanhamento de objetivos, metas e indicadores.

Muitos de vocês já devem ter lido diversos artigos explicando esses conceitos. Para não perdermos tempo, vamos falar rapidamente sobre eles.

A primeira pergunta que surge naturalmente para quem está lidando com esse assunto é a seguinte: o que são objetivos, e o que são metas? Qual a diferença entre eles?

Existem diferentes respostas para essas duas perguntas, a depender da linha de raciocínio utilizada. Não existe resposta certa ou resposta errada, mas sim resposta coerente e resposta incoerente. Vamos tentar definir esses conceitos de forma coerente com o todo. Pra nós do MF, objetivo e meta às vezes se confundem, e a diferença entre eles é sutil. Mas é fácil de entender.

Basicamente, o objetivo normalmente é algo qualitativo, e a meta algo mais quantitativo. E as duas coisas podem se relacionar num contexto de planejamento e execução.

Vamos dar um exemplo: digamos que eu seja um concurseiro e tenha o objetivo de aumentar a nota das notas dos meus simulados da prova escrita para a Polícia Federal, então, para atingir esse objetivo, vou estabelecer uma meta de 80% de acerto líquido. O objetivo, neste caso, é mais genérico e qualitativo (aumentar a nota) e a meta é mais específica e quantitativa (atingir 80% de acerto líquido). 

As diferenças de objetivo para meta também não têm a ver com a questão do prazo. Tanto o objetivo quanto a meta podem ser de curto, médio ou longo prazo

Podemos também ter vários objetivos hierarquicamente ligados, ou interligados/sequenciados temporalmente. Sendo assim, podemos quebrar um objetivo “maior” (mais complexo, abrangente, e de mais longo prazo) em pequenos objetivos “menores” (de menor complexidade, mais específicos, e/ou de mais curto prazo). E acontece da mesma forma para as metas estabelecidas.

A respeito das metas, elas têm que ser “SMART”. Você com certeza já ouviu este acrônimo (originalmente em inglês), que significa que precisam ser específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e com prazo definido. Sempre que estabelecer uma meta, para saber mesmo que trata-se de uma meta (e não um objetivo), verifique se ela atende estas cinco características.

Mas o que os objetivos e metas têm a ver com a sua ESTRATÉGIA DE APROVAÇÃO, e como se relacionam com o TODO? Como se dá essa relação?

Numa recente postagem nossa aqui do Blog abordamos os conceitos de MISSÃO, VISÃO e VALORES. Estes três parâmetros devem de fato ser definidos antes de se traçar objetivos e metas. Se você já conseguiu entender o conceito e definir sua missão, sua visão e seus valores, vamos em frente, agora é hora de quebrar esses três parâmetros em objetivos, metas e indicadores.

Quando eu aplico essa ferramenta para meus alunos de Coaching, primeiramente costumo direcionar o raciocínio no sentido de definir um objetivo maior e mais abrangente, que é o de tomar posse no cargo de Agente/Escrivão da PF, ou de Policial Rodoviário Federal, dependendo do caso. 

Quando o objetivo é tão grande e abrangente quanto este, fica difícil de estabelecer as metas para atingi-lo, portanto o que eu recomendo é quebrar este grande objetivo em vários objetivos menores, mais simples de serem compreendidos, mais fáceis de serem atingidos, e desta forma, mais fáceis de mensurar e controlar (indicadores).

Vamos abstrair um pouco. Digamos, por exemplo, que você tenha como objetivo correr uma maratona. É um objetivo “grande”, que leva um certo tempo para ser atingido, afinal, você precisará de muitos meses não só realizando treinamentos de corrida, mas estudando o tema a fundo, com todas as suas técnicas, e também tomando cuidados com alimentação, sono, etc. Não seria mais fácil, portanto, quebrar este objetivo de longo prazo em pequenos objetivos de curto prazo? Eu não sou corredor maratonista, não tenho ideia de quais sejam as sub-etapas a serem realizadas para se conseguir chegar no nível de um maratonista, mas com um pouco de bom senso, diria que é possível estabelecer objetivos progressivos, como por exemplo o de conseguir correr 5 km já nos primeiros dois meses, correr 10 km nos primeiros 6 meses, 15 km nos primeiros 9 meses, 21 km depois de um ano, e talvez chegando nesse nível de treinamento já se esteja próximo ao objetivo final, de conseguir correr uma maratona.

Um parênteses! Me perdoem os corredores profissionais e maratonistas se meu exemplo é tecnicamente errado. Eu não faço ideia se é possível atingir 21 km um ano após o início dos treinos. Acho que depende muito da idade da pessoa, da preparação física prévia, e uma série de outros fatores que desconsiderei no meu exemplo. Mas abstraiam de tudo isso e entendam apenas a ideia da quebra do objetivo maior em pequenos objetivos.

Então, voltando à nossa realidade, no caso do concurseiro, o objetivo principal é o de tomar posse no concurso da PF. Para isso, o cara vai precisar ter objetivos menores, como por exemplo o objetivo de estudar/revisar o edital no mínimo 1 vez (vamos chamar este de objetivo 1), o objetivo de estar com nível de proficiência acima dos seus concorrentes (vamos chamar de objetivo 2), e o objetivo de treinar a parte física a ponto de estar pronto para o TAF na época certa (objetivo 3).

Então, veja, esses objetivos são mutuamente dependentes, são interligados. Não adianta nada ser aprovado na prova escrita e ser reprovado no TAF. O aluno tem que atingir todos os objetivos de forma concomitante. Quebrar o objetivo maior em objetivos menores não faz com que sua tarefa fique menos difícil, mas a deixa mais organizada, mais fácil de administrar, medir e controlar.

Sendo assim, para tomar posse no concurso da PF o aluno precisa estudar/revisar o conteúdo (objetivo 1), mas não só isso, pois também tem que fazer isto, mas num nível tal que esteja acima dos seus concorrentes (objetivo 2), e também não pode esquecer de treinar para o TAF (objetivo 3).

Vejam, quando digo que são objetivos concomitantes, estou colocando desta forma porque não adianta só estudar/revisar “a esmo” (objetivo 1)... É preciso focar em estar com nível de proficiência elevado (objetivo 2). Mas quanto elevado? O suficiente a estar “acima da média” da concorrência. 

O objetivo de estudar/revisar (objetivo 1), no caso, seria um objetivo que deveria ter suas metas com foco na “velocidade”. O objetivo de estar acima dos concorrentes (objetivo 2) seria um objetivo que deveria ter suas metas com foco na “qualidade”. 

Tem que se estudar todo o conteúdo (objetivo 1), mas com foco no resultado (objetivo 2). 

Há que se ter um balanço entre velocidade e qualidade. Reparou então que estes dois objetivos são interligados? E reparou também que a aprovação na prova escrita depende de ambos? E que, além disto, de nada adianta atingir os dois primeiros objetivos e deixar o treinamento físico de lado (objetivo 3), porque para atingir o objetivo principal (tomar posse no concurso da PF) há que se atingir de forma simultânea os objetivos 1, 2 e 3?

Então, meu caro… Veja que: definindo o objetivo principal e os objetivos secundários desta forma, como fiz acima, é possível deixar a estratégia de aprovação toda “amarrada” num conjunto interdependente de ações que estão alinhados com sua estratégia de vida (missão, visão e valores), ou seja, tomar posse no concurso da PF.

É claro que tudo isto que falei aqui é apenas um exemplo… os parâmetros podem variar, de pessoa pra pessoa. Pode ser que alguém queira estabelecer parâmetros mais detalhados e específicos. Outros podem preferir deixar a coisa de forma mais genérica… Costumo dizer que não existe estratégia errada. Podem existir diferentes estratégias que vão te levar para o mesmíssimo resultado. E normalmente é isso mesmo que ocorre na vida real: as pessoas estudam das mais variadas formas, usam diferentes estratégias, aplicam diferentes táticas, usam diferentes materiais, aprendem com diferentes professores, mas no final todas são aprovadas. Cada um tem que descobrir a maneira que funciona melhor para si.

Mas continuando nosso raciocínio, depois de estabelecidas as metas secundárias, quaisquer que sejam elas, é o momento para definir as metas e os indicadores

Cada objetivo deve ter pelo menos uma meta, e cada meta, pelo menos um indicador. Podem ser definidas mais de uma meta para cada objetivo, e mais de um indicador para cada meta. Há que se ter bom senso para não deixar o sistema muito complexo, o que o tornaria difícil de ser acompanhado, mensurado e controlado. E quando o sistema de controle tem um custo maior que o benefício do controle, algo está errado.

Apenas a título de exemplificação, vamos falar do objetivo 1 do meu exemplo, qual seja, o de estudar/revisar todo o conteúdo do edital pelo menos uma vez (antes da prova, obviamente - já colocando aqui a questão do prazo, que também é relevante). Quais poderiam ser as metas a serem atingidas para que este objetivo secundário seja alcançado?

Eu costumo dizer aos meus alunos que não é possível ciclar o edital inteiro com qualidade em menos de 1 ano (para quem começou a estudar há pouco tempo). Este seria o prazo para cumprimento deste objetivo. Então, pensando aqui nas possíveis metas relacionadas a este objetivo: para estudar/revisar todo o edital, em um ano, há que estabelecer um ciclo equilibrado de estudos (meta 1), bem como estabelecer uma rotina diária de estudos a ser seguida (meta 2), e estabelecer um cronograma geral por disciplina (meta 3). Você verá que, da mesma forma como foi feito com os objetivos, aqui a gente vai deixar as metas “amarradas” entre elas, de maneira que, somente com o atingimento de todas as metas, o objetivo é cumprido.

Repare que a meta 1 não é simplesmente desenhar o ciclo de estudos. Não basta que isto seja feito para que a meta esteja cumprida. Teremos que criar um indicador (ou mais de um), que seja constantemente monitorado, a fim de checar o cumprimento da meta. Se a meta tem a ver com criar um ciclo de estudos e fazer com que ele seja cumprido, este indicador deve monitorar o cumprimento da meta. Como fazer para monitorar se o ciclo de estudo está sendo cumprido? Há que se criar uma planilha para fazer o acompanhamento do ciclo, ou seja, deve-se verificar se as disciplinas estão sendo estudadas na sequência correta e no tempo correto definido para cada uma (ou com menor desvio possível), se as revisões estão sendo feitas dentro do prazo, ou não.

A meta 2 por sua vez não é simplesmente criar uma rotina diária de estudos, com base nas obrigações pessoais e profissionais do aluno. Primeiramente, claro, o aluno deve definir quantas horas brutas tem disponíveis num dia típico de estudo. Este é o ponto inicial. Daí em diante o aluno também deve monitorar o cumprimento deste, através de um indicador. Um possível indicador para aferir o cumprimento desta meta é estabelecer uma quantidade de horas líquidas de estudo por dia (meta diária), e passar a registrar diariamente as horas líquidas efetivamente estudadas. A ideia é constantemente comparar a quantidade de horas estudadas por dia com a quantidade de horas estabelecida. Pode ser feito também um acompanhamento semanal, de maneira que o aluno monitore o indicador diariamente e também semanalmente.

A meta 3 é a de estabelecer um cronograma geral, com prazo limite para estudar pelo menos 1 vez por completo cada disciplina até o dia da prova. Além de montar o cronograma, é necessário acompanhar o andamento do mesmo. Há que se criar uma ferramenta para acompanhar tal meta. No contexto do Coaching do Missão Federal, temos uma planilha que controla o total de video-aulas ou de páginas que o aluno tem que estudar em cada disciplina, bem como a quantidade de video-aulas/páginas que já estudou até o momento, e qual a data prevista para terminar aquela disciplina (baseado no tempo passado e no número de video-aulas já estudadas ou páginas já lidas). Acompanhando este indicador, podemos verificar se a meta está sendo cumprida, e se está à frente ou atrás do cronograma.

É imprescindível, portanto, acompanhar esses indicadores versus as respectivas metas ao longo do tempo, e fazer ajustes ao plano, se necessário, para que o objetivo 1 seja cumprido. Se as metas estão sendo cumpridas, o objetivo está sendo cumprido. Para saber se as metas estão sendo cumpridas, há que se monitorar os indicadores estabelecidos e comparar com as metas.

Não vamos nos estender muito mais, mas repare que falamos detalhadamente apenas do objetivo 1. Por analogia, devemos aplicar ao objetivo 2 o mesmo conceito aplicado ao objetivo 1, qual seja, estabelecer metas e indicadores para que o objetivo 2 seja cumprido. 

Vamos dar uma ajuda rápida para fazer as metas e indicadores do objetivo 2… Lembram-se que falamos que o objetivo 1 é mais focado na velocidade do andamento do estudo e o objetivo 2 é mais focado no resultado que esse estudo vai gerar? Então, pela lógica, as metas do objetivo 2 têm que ser mais focadas nas questões de concurso e nos simulados. As metas e indicadores a serem criados tem que estar relacionados com a medição da quantidade de questões feitas e o resultado líquido obtido, bem como a quantidade de simulados feitos e o resultado líquido obtido. O resultado líquido percentual deve ser utilizado como parâmetro aqui, e comparado com a concorrência.

E mais uma vez, por analogia, tal metodologia deve ser aplicada ao objetivo 3 (relacionado ao treinamento da parte física). É necessário estabelecer um cronograma de treinamento, e acompanhar seu cumprimento, através de metas e indicadores. Temos ferramentas já prontas (planilhas) relacionadas a tudo isso, e normalmente utilizamos no processo de Coaching, pois é assunto extenso demais para ser comentado numa única postagem de blog.

Era isso que tínhamos para falar hoje. Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, deixe uma mensagem pra gente na parte de comentários, logo abaixo.

E para maior aprofundamento no tema e maiores informações sobre o COACHING MISSÃO FEDERAL (Técnicas de Estudo na Preparação para Concursos Públicos), entre em contato com os Professores (Coaches) do Grupo Missão Federal através da Fan Page no Facebook (https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/) ou através do email: coachingmissaofederal@gmail.com



ATENÇÃO - TERMOS E CONDIÇÕES ("DISCLAIMER") 


Este texto foi redigido pelos COACHES do Grupo de Estudos MISSÃO FEDERAL. TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS (C). A divulgação do conteúdo aqui apresentado tem pré-autorização dos autores para compartilhamento ou divulgação em outros meios desde que seja feito em sua integralidade e sem supressões, adaptações ou alterações, desde que citado o AUTOR (“GRUPO DE ESTUDOS MISSÃO FEDERAL”), bem como citada a FONTE (com menção expressa do link da Fan Page no Facebook - "https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/" - e do link permanente para acesso ao conteúdo original aqui neste blog) e repetido/citado este AVISO (que torna-se parte integrante do texto). Em caso de dúvida, entre em contato conosco previamente através do email coachingmissaofederal@gmail.com. Casos de abuso serão resolvidos na esfera jurídica aplicável, de acordo com a lei.

sábado, 4 de março de 2017

COACHING - Missão, Visão e Valores do Concurseiro

Olá amigos concurseiros da área policial, afins, e de tantas outras áreas também - por que não? Afinal, hoje o que vamos falar aqui se aplica para concurseiros de qualquer área.

Apesar do nosso blog ter um foco muito maior nos concursos para a área policial, muitos dos assuntos que abordamos aqui se aplicam para todas as áreas.

Hoje vamos falar de um assunto que se relaciona com a parte do “POG”, ou seja, do  Planejamento, Organização e Gestão do seu estudo. Trata-se de um tema de conhecimento que não é técnica de estudo em si (atividade fim), mas sim um tema-meio, que vai te ajudar a se planejar, organizar e gerir melhor seu tempo e seu estudo, como o nome mesmo já diz.

Antes de tudo, vamos estabelecer a seguinte ideia central: a de que existem várias DESVANTAGENS de se estudar “aleatoriamente”, ou seja, sem pensar antes O QUE estudar, COMO estudar, QUANDO estudar, e PORQUE fazer cada coisa de determinado jeito.

Dito isto, quanto mais você racionalizar seu estudo, melhor pra você, pois provavelmente estará utilizando melhor seu tempo, equalizando melhor seu conhecimento entre as disciplinas, dando mais ênfase ao que é realmente necessário, enfim, tornando-se um concurseiro profissional, e que terá muito mais chances de atingir a tão sonhada meta: tomar posse no cargo dos seus sonhos.

Pois bem, dentre os tantos temas de POG, abordaremos hoje uma das partes mais básicas e essenciais da estratégia, que é a definição de MISSÃO, VISÃO e VALORES.

Para explicar este importante conceito, vamos começar com uma analogia. Toda empresa que faz gestão estratégica utiliza desse recurso, que serve para comunicar aos seus funcionários, fornecedores, clientes, e acionistas  o que é que aquela empresa faz, onde quer chegar, e quais são seus princípios e valores mais básicosÉ um resumo do que a empresa é e o que faz, e ajuda a orientar esses entes/pessoas na mesma direção.

Repare que tanto os funcionários quanto fornecedores, clientes, acionistas são impactados direta ou indiretamente pelo resultado da empresa. Se a empresa vai bem, normalmente eles também vão. Se a empresa vai mal, eles vão mal também. É interessante conhecer o rumo que a empresa está indo, a fim de agir ativamente em prol de um mesmo objetivo, ou mesmo de estar alinhado com ele, e de poder se planejar, tanto para o bem quanto para o mal.

Todo funcionário deveria conhecer a missão, a visão e os valores da empresa onde trabalha, para saber primeiramente se seus objetivos pessoais estão alinhados com os objetivos estratégicos de longo prazo da empresaAlém disso, é algo que também ajuda na tomada de decisões no dia-a-dia, que impactam diretamente no rumo que a empresa está tomando.

Por exemplo, imagine que um funcionário trabalha na área de compras numa empresa que valoriza muito o meio-ambiente; então, no momento que for adquirir folhas de papel, de forma alinhada com os valores da empresa, vai comprar papel reciclado, que agride menos o meio ambiente. Esta decisão certamente trará impactos positivos para a empresa, em diversas áreas.

Não vamos nos estender muito aqui nos exemplos porque não é o objetivo da postagem. A ideia é: entender que todas as decisões e ações tomadas, nos diversos níveis (estratégico, tático ou operacional), devem estar alinhados com esses três parâmetros.

Mas vamos agora definir um pouco melhor o que são esses três parâmetros, e como se relacionam com o mundo dos concursos.

Vamos considerar a hipótese de o concurseiro querer tomar posse no cargo de AGENTE DE POLICIA FEDERALNeste caso, quais seriam: sua missão, sua visão e seus valores? 

Lembrando que “passar no concurso da PF” significa TOMAR POSSE, e não apenas passar na prova escrita e ser reprovado no TAF, ou passar em todas as etapas e chegar no curso de formação em Brasília e ser reprovado/eliminado antes do fim por qualquer motivo que seja. 

O concurso da PF é um concurso complexo e com etapas muito difíceis em série, ou seja, só toma posse (meta FINAL do concurseiro) quem é aprovado em TODAS as etapas de forma sequencial. Lembre-se disto ao planejar e executar sua preparação! Você vai entender o motivo mais para frente.

Então, para um concurseiro, e considerando um nível mais genérico, como definiriamos estes parâmetros? 

Antes de responder, faça uma correlação com o exemplo da empresa. Pense no concurseiro como um funcionário, um diretor, ou um acionista da empresa "Corcurseiro Eu", e que deseja que sua empresa prospere, pois quando isto acontecer, ele também prosperará. Pois bem.

MISSÃO – ESTUDAR/TREINAR EM RITMO CONSTANTE (COMO HÁBITO), SE POSSÍVEL TODOS OS DIAS, E DE FORMA OTIMIZADA E O MÁXIMO QUE PUDER, DENTRO DAS HORAS DISPONÍVEIS

VISÃO – TOMAR POSSE NO CONCURSO DE AGENTE OU ESCRIVÃO DA PF

VALORES:
- O ESTUDO E O TREINO TÊM PRIORIDADE TOTAL SOBRE TODAS AS OUTRAS ATIVIDADES
- ESTUDAR/TREINAR ANTES / SE DIVERTIR/DESCANSAR DEPOIS
- CICLAR OS TÓPICOS E AS DISCIPLINAS COM VELOCIDADE E QUALIDADE
- PREZAR PELA MEMORIZAÇÃO TÉCNICA
- TER UMA META DE ESTUDO DE LONGO PRAZO E CUMPRIR AS METAS DE CURTO PRAZO
- MANTER AS REVISÕES EM DIA (NÃO DEIXAR ACUMULAR AS REVISÕES)
- FAZER O MÁXIMO POSSÍVEL DE QUESTÕES

Agora, como poderíamos explicar/detalhar melhor esses três itens, para que fiquem mais completos?

MISSÃO – “ESTUDAR/TREINAR EM RITMO CONSTANTE (COMO HÁBITO), SE POSSÍVEL TODOS OS DIAS, E DE FORMA OTIMIZADA E O MÁXIMO QUE PUDER, DENTRO DAS HORAS DISPONÍVEIS” - o que significa isto? Significa estudar tempestivamente e de forma intensa, com planejamento e inteligência, de maneira a estar mais preparado que meus concorrentes, na época da prova para AGENTE DE POLICIA FEDERAL, bem como treinar de forma a estar pronto para realizar o TAF a no máximo 1 mês após a data prevista da prova escrita.

VISÃO – “TOMAR POSSE NO CONCURSO DE AGENTE OU ESCRIVÃO DA PF” significa tomar posse no cargo de AGENTE DE POLICIA FEDERAL, tendo sido aprovado em todas as etapas anteriores com folga (prova escrita, teste físico, psicotécnico, exames médicos, exame toxicológico, investigação social e curso de formação profissional)

VALORES – todos os valores ali definidos priorizam o estudo e treino primeiro (o descanso e a diversão vêm depois), e tudo isso com foco e determinação, equilíbrio e sabedoria.

De forma análoga ao exemplo empresarial que vimos antes, a definição de missão, visão e valores ajudam o concurseiro a alinhar todas as suas atitudes do dia-a-dia com foco na sua estratégia, e de sua meta de vida: de passar no concurso que almeja. 

É uma ferramenta que ajuda a “lembrar”, a todo momento, que ele tem um objetivo maior a ser cumprido, na verdade uma visão de longo prazo, uma meta final a ser alcançada.

IMPORTANTE: sem haver esse alinhamento e comprometimento das ações do dia-a-dia com a estratégia e a meta de vida, vários problemas acontecem, tanto no planejamento quanto na execução das atividades. Qualquer decisão do dia-a-dia tem que ser feita com base na MISSÃO, na VISÃO e nos VALORES que definiu anteriormente.

Mas veja: definimos estes parâmetros desta maneira apenas como referência. Cada concurseiro pode definir seus parâmetros da maneira como quiser, ok? Talvez para um concurso da área fiscal, por exemplo, alguns ajustes precisam ser feitos (afinal o concurseiro fiscal não precisa fazer treinamento físico, por exemplo).

Vamos dar um outro exemplo contextualizado. No momento que for convidado para uma festa de casamento, o concurseiro deve pensar se essa festa está alinhada com sua meta maior de passar no concurso. Algumas perguntas-chave devem ser feitas para fazer esta checagem, como por exemplo:
- Ir nesse evento vai te ajudar a ser aprovado no concurso? Sim ou não? 
- Ir a um evento deste tipo estando com várias revisões atrasadas é uma coisa boa ou ruim?...
- Ir a um evento deste tipo é prioridade na sua vida, ou algo secundário?
- Você se sentiria confortável gastando horas úteis de estudo, talvez se embriagando, acordando tarde no dia seguinte, deixando de estudar?

Outro exemplo. No momento que estiver em dúvida se gasta R$ 1.500,00 para adquirir um cursinho atualizado ou se compra um vídeo-game novo, deve pensar qual das duas ações vai influenciar mais na aprovação no concurso. Qual dos dois produtos está mais alinhado com sua estratégia de vida? O vídeo-game está alinhado com sua MISSÃO, com sua VISÃO e com seus VALORES?

Em suma, novamente, todas as ações do concurseiro devem estar alinhadas com sua missão e com sua visão, bem como com seus valores. 

Claro que nem sempre é possível estar 100% alinhado, mas é imprescindível estar sempre avaliando qual o tamanho do desvio. Sempre que estiver se desviando muito desses parâmetros, o concurseiro deve repensar suas atitudes, suas ações, seu planejamento de curto prazo, e fazer ajustes para retomar ao rumo inicial.

Agora um outro ponto bem importante: esta ferramenta não termina após a definição dos três parâmetros, muito pelo contrário, é apenas o começo de tudo. Trata-se de um exercício de reflexão e internalização constantes. A missão, a visão e os valores do concurseiro devem ser impressos e colocados bem visíveis, na parede de casa, para que possam ser constantemente lidos e eventualmente até revisados. 

Além disto, é bom lembrar que o processo de aplicação completo desta ferramenta é feito através do Coaching, com a ajuda de um profissional da área.

Era isso que tínhamos para falar hoje. Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, deixe uma mensagem pra gente na parte de comentários, logo abaixo.

E para maior aprofundamento no tema e maiores informações sobre o COACHING MISSÃO FEDERAL (Técnicas de Estudo na Preparação para Concursos Públicos), entre em contato com os Professores (Coaches) do Grupo Missão Federal através da Fan Page no Facebook (https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/) ou através do email: coachingmissaofederal@gmail.com




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Este texto foi redigido pelos COACHES do Grupo de Estudos MISSÃO FEDERAL. TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS (C). A divulgação do conteúdo aqui apresentado tem pré-autorização dos autores para compartilhamento ou divulgação em outros meios desde que seja feito em sua integralidade e sem supressões, adaptações ou alterações, desde que citado o AUTOR (“GRUPO DE ESTUDOS MISSÃO FEDERAL”), bem como citada a FONTE (com menção expressa do link da Fan Page no Facebook - "https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/" - e do link permanente para acesso ao conteúdo original aqui neste blog) e repetido/citado este AVISO (que torna-se parte integrante do texto). Em caso de dúvida, entre em contato conosco previamente através do email coachingmissaofederal@gmail.com. Casos de abuso serão resolvidos na esfera jurídica aplicável, de acordo com a lei.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

COACHING - Planejamento e Controle dos Estudos

Algumas vezes abordamos aqui assuntos que são técnicas de estudo em si, e outras vezes abordamos assuntos que são a parte da gestão e da organização do estudo. São duas coisas diferentes, mas que correm em paralelo, e uma não vive sem a outra. 

Não adianta ter a melhor técnica de estudo se a sua gestão do conteúdo, do tempo, e se sua organização estão pífias. Também de nada adianta ser mega organizado, mas estudar da forma errada. Essas duas coisas se completam.

Hoje falaremos sobre uma parte importante no planejamento da preparação para concursos públicos: o controle da velocidade com que você avança no edital.

Reparem que esta postagem trata do PLANEJAMENTO da preparação, e não da preparação em si. É portanto um tema que faz parte da GESTÃO e ORGANIZAÇÃO do estudo, e não uma técnica de estudo em si.

Para início de conversa, faça a si mesmo as seguintes perguntas:

- Você fez uma estimativa aproximada para a prova do seu concurso? 
- Você tem um planejamento de estudo de longo prazo? 
- Como você montou esse planejamento? 
- Seu planejamento de longo prazo se encaixa com a data que estimou para a sua prova de concurso? 
- Por acaso delimitou um horizonte de tempo para “fechar” o estudo e revisão do edital do concurso que almeja, a tempo da prova? Que tempo é esse? 1 ano? 2 anos? 
- Você conseguirá estudar todo o conteúdo até a data da prova? 
- Você controla a velocidade que avança nos tópicos do edital? 
- Você sabe quantos por cento já cobriu do edital? 
- Sabe dizer quanto tempo falta para finalizar todos os tópicos do edital?

Se você é uma pessoa extremamente organizada, provavelmente tem respostas para todas as perguntas acima. Caso seja uma pessoa medianamente organizada, deve ter resposta para uma parte das perguntas acima. Caso seja uma pessoa muito pragmática (age mais do que planeja) e/ou uma pessoa muito desorganizada (quase não se planeja), provavelmente deve ter achado essas perguntas complexas demais para responder.

Essas pessoas pragmáticas e/ou desorganizadas não se importam com o planejamento e a gestão do estudo, e querem saber exclusivamente de estudar o máximo possível, independentemente de qualquer plano ou cumprimento de metas. 

Outras, mais metódicas (como é o meu caso), fazem questão de planejar exatamente onde querem estar em cada dia do calendário, e controlam no maior nível de detalhe possível o que já foi estudado até o momento, e o que ainda falta ser estudado.

Não existe um jeito certo e um jeito errado. Você tem que fazer o que for melhor para você. Se você acha que planejamento e gestão são perdas de tempo, não os faça. Se achar que isso pode agregar valor ao seu plano de vida, implemente e acompanhe seu plano.

Se você optar pela primeira, pode parar de ler este artigo aqui mesmo e voltar para o estudo. :)

Se você optar pela segunda, vamos dar algumas dicas de como estruturar melhor seu plano e como geri-lo de forma eficaz, o que no fundo será apenas um desdobramento das perguntas que fizemos no início desta postagem.

Dica 1 Faça uma estimativa aproximada para a prova do seu concurso: mesmo que você não tenha como “adivinhar” o dia que o edital vá sair, fique de olho nos sites de notícia, nos boatos que rolam na mídia e nas redes sociais. Tenha sempre uma previsão pessimista ante uma visão otimista quanto ao dia da prova, ou seja, sempre imagine que a prova virá o quanto antes possível (o que dará menos tempo para estudar).

Dica 2Desenhe um planejamento de estudo de longo prazo: coloque num papel a quantidade total de vídeo-aulas que tem que assistir ou o total de páginas da apostila em PDF ou do livro que tem que ler, por disciplina. Tenha anotado em seu controle de estudos em qual vídeo-aula ou em qual página do PDF/livro você está atualmente. Faça uma divisão do total de páginas que já estudou até agora e divida pela quantidade de dias que se passaram desde o dia em que começou a assistir/ler esse material, o que vai te dar o chamado “paceatual, ou a velocidade atual que você avança na matéria, na unidade de medida “vídeos/páginas por dia”. Faça a conta de quantos vídeos faltam para assistir ou quantas páginas faltam para serem lidas até o dia em que você estimou que será a sua prova. Pegue esse total de vídeos a assistir ou páginas para ler e divida pela quantidade de dias que faltam de hoje até o dia estimado da sua prova. Você terá calculado qual será a velocidade que você terá que avançar na matéria até o dia da prova, ou o chamado “paceobjetivo (que é a meta que você terá que perseguir).

Dica 3Faça um planejamento de longo prazo que se encaixe com a data que estimou para a sua prova: de nada adianta planejar “estudar o máximo possível que conseguir”, sem saber se esse esforço será suficiente para estudar tudo o que precisa ser estudado a tempo da prova. É preciso medir a velocidade atual com que você avança nas disciplina como também calcular qual a velocidade futura necessária para fechar o estudo do conteúdo, e comparar as duas constantemente, para saber se está dosando o esforço necessário ou se precisa aumentar a velocidade.

Vamos fazer um exemplo numérico?

Digamos que você tenha começado a estudar no dia 01/07/2016, e que tenha lido até hoje um total de 80 páginas daquele livro daquela determinada disciplina. Se hoje é dia 01/01/2017, supostamente, então passaram-se 184 dias entre o dia em que você começou a ler o livro até hoje. 

Dividindo 84 páginas por 184 dias, o resultado dá 0,45 páginas por dia. Digamos também que o livro tenha 300 páginas, e que o dia supostamente previsto para sua prova seja 01/08/2017. Então, se hoje é dia 01/01/2017, faltam 212 dias de hoje até o dia da prova

Se você já leu 84 páginas, e o livro tem um total de 300 páginas, ainda faltam 216 páginas a serem lidas. Qual é a velocidade que você tem que avançar na matéria para chegar no dia 01/08/2017 (dia da sua prova) com todas as páginas do livro lidas (sem considerar nenhuma margem de segurança, nem tempo hábil para revisar a matéria)? Basta dividir 216 páginas por 212 dias, o que dá 1,01 páginas por dia.

Qual a análise que deve ser feita em cima destes números? A resposta é simples. Nesses 84 dias que se passaram você leu a uma velocidade (“pace”) de 0,45 páginas por dia. Mas para conseguir fechar o livro até o dia da prova, você precisa passar os próximos 216 dias lendo a uma velocidade de 1,01 páginas por dia, que é quase o DOBRO da velocidade que lê atualmente

Então, ou você começa a acelerar o seu estudo, ou não vai conseguir chegar no dia da prova tendo lido 100% do conteúdo que cai na sua prova (novamente: sem considerar nenhuma margem de manobra para erros ou revisões da matéria). 

Eu diria que no exemplo acima, o aluno está muito atrasado, e precisa urgentemente aplicar medidas de planejamento e gestão para otimizar seu tempo de estudo. Aplique esta mesma metodologia para seus estudos e veja se você está atrasado ou adiantado no seu cronograma de estudos!

Os alunos do Coaching Missão Federal recebem uma planilha exclusiva que faz todos esses cálculos de forma automática, para controle tempestivo das vídeo-aulas já assistidas, das páginas já lidas, e da velocidade que precisa ser imposta a fim de se completar o edital antes da data prevista para a prova.

Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, deixe uma mensagem pra gente na parte de comentários, logo abaixo.

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Dicas de como fazer um bom simulado - Um Guia Completo - Parte 7

Olá meus amigos que estudam para concursos da Área Policial, e outras também.

Hoje falaremos um pouco mais sobre a realização de simulados da prova escrita. Já estamos na sétima parte dessa série que trata diversos aspectos da simulação de provas, para que sua preparação possa ser a mais otimizada possível.

O assunto de hoje será: Fonte de simulados.

A primeira coisa que alguém que nunca fez simulado se pergunta é: "onde vou arrumar simulados?R: Os simulados podem vir de várias fontes diferentes, e aqui eu vou dar algumas ideias para isso. 

Se você é totalmente iniciante, ou seja, ainda nem começou a fazer simulados, não saia por aí comprando pacotes de simulados em cursinhos. A primeira coisa que você deve fazer antes de comprar simulados é tentar resolver as provas antigas da mesma banca que a sua, e da mesma carreira que você vai aplicar. 

Se considerarmos que estamos hoje em 2017, data original desta publicação, há pelo menos 3 provas que você poderia utilizar para fazer simulados para a Policia Federal, quais sejam, a prova do concurso de APF 2014, o de EPF 2012 (que na verdade ocorreu em 2013, porque o concurso ficou suspenso por cerca de 1 ano), e o de APF 2012

Tudo bem que o edital mudou um pouco desde os concursos de 2012 até o de 2014, mas não tem problema, essas provas já serão um excelente ponto de partida para seus simulados. 

Comece fazendo estas três provas para começar a tomar contato com simulados. Faça em ordem cronológica, ou seja, APF 2012, EPF 2012 e depois APF 2014, pois daí você já vai conseguir entender a evolução entre as três. Faça com cuidado e atenção, como já comentado anteriormente. Analise seus resultados um a um. 

Depois que tiver feito essas três provas, você poderá partir para outros caminhos. Daí em diante você tem duas opções basicamente. 

A primeira delas é comprar simulados de sites que vendem este tipo de conteúdo, ou de fazer um curso de simulado presencial na sua cidade. Há vantagens e desvantagens de cada um, de forma mais ou menos análoga à decisão de fazer cursinho online ou presencial, e isso eu deixo para você decidir. 

E a segunda forma possível, um pouco mais trabalhosa, mas que pode até ser menos profissional (pelo menos no início), porém um pouco mais barata, é se organizar com alguns amigos que estejam estudando para o mesmo concurso que você, para que dividam a tarefa de encontrar questões para cada disciplina e montar um simulado entre vocês.

É verdade que dá um certo trabalho pra fazer isso, e certamente não vai ficar igual a uma prova real do CESPE, mas é uma forma bacana de estudar me grupo, de forma colaborativa

Se for tentar fazer desta maneira, atribua uma disciplina (ou duas, três, quantas forem necessárias) para cada pessoa, que vai selecionar as questões e os gabaritos, e vai passar pra uma outra pessoa que vai preparar a diagramação das questões. 

Esta pessoa vai diagramar as questões igualzinho como se fosse uma prova do CESPE, salvar em arquivo PDF, e depois vai distribuir para o grupo


Vocês então determinam uma data limite para responder o simulado. Cada aluno envia suas respostas para apenas uma das pessoas, responsável pela consolidação das notas.


No dia seguinte da data limite para responder o simulado, o diagramador também divulga o gabarito, e todos fazem a conferência de suas notas


Neste momento, o responsável pela consolidação das notas faz a divulgação do ranking final.


Vocês podem repetir este processo de tempos em tempos, sempre que acharem necessário fazer um novo simulado. Muitos grupos de estudo começaram funcionando desta maneira.

Esperamos que tenham gostado de mais uma postagem desta série. Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, deixe uma mensagem pra gente na parte de comentários, logo abaixo.

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