quarta-feira, 15 de março de 2017

COACHING - A Cadeia de Valor do Concurseiro

Olá amigos concurseiros da área policial. Hoje falaremos sobre mais um assunto relativo ao tema que chamamos de “POG”, ou seja, Planejamento, Organização e Gestão do estudo

A importante ferramenta que abordaremos hoje também foi adaptada do conhecimento de Estratégia Empresarial, e que nós chamamos de “A Cadeia de Valor do Concurseiro”. 

O conceito original que nos inspirou veio do conceito da “Cadeia de Valor” de Michael Porter, cuja definição mais básica tirada do sítio Wikipedia traz o seguinte texto: “Uma cadeia de valor representa o conjunto de atividades desempenhadas por uma organização desde as relações com os fornecedores e ciclos de produção e de venda até à fase da distribuição final. O conceito foi introduzido por Michael Porter em 1985” (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_de_valor). Mais detalhes sobre a ferramenta original podem ser obtidos através de pesquisas mais aprofundadas no Google, mas é desnecessário para nosso âmbito concurseiro.

Como o próprio nome já diz, apesar da descrição da Wikipedia não remeter muito diretamente a isto, e também para quem por acaso já estudou um pouco de estratégia empresarial, o conceito traz a ideia de agrupar e encadear logicamente as atividades que agregam valor ao concurseiro, com foco no seu objetivo final (o objetivo de tomar posse no concurso público almejado, certo?). 

Montar essa cadeia de valor permite “colocar cada coisa na sua caixinha”, e ajuda a compreender o mapo-fluxo de atividades de agregação de valor ao aluno, ou seja, entender que as atividades do dia-a-dia da preparação para o concurso (e outras atividades de apoio) são interdependentes e criam devem sempre criar valor e vantagem competitiva ao aluno em relação a seus concorrentes.

O processo de compreensão, assimilação e conscientização da cadeia de valor do concurseiro permite que aluno possa “filtrar” melhor as atividades que realmente vão agregar valor ao seu objetivo final, e eliminar atividades inúteis a ele. Mais para frente vamos entender melhor como isso funciona.

Vamos começar a entender melhor como se estrutura este conceito. A cadeia de valor do concurseiro tem o seguinte formato:




No retângulo principal da figura que representa a cadeia de valor do concurseiro são dispostas as atividades executadas pelo aluno, e no chamado “chevron” da direita, o seu objetivo principal (a aprovação no concurso público almejado).

Dentro do retângulo principal, as atividades devem ser dispostas de acordo com o grau de importância, ou melhor dizendo, de prioridade. As atividades dispostas mais acima têm mais importância/prioridade que as atividades dispostas mais abaixo. 

Eu costumo dividir essas atividades em três grandes grupos. Mas você pode dividir da forma que achar melhor. Se quiser colocar apenas dois grupos, sem problemas. Se precisar dividir mais, em quatro ou cinco, também pode ser. Ao longo do tempo, depois de muito refletir e modificar minha cadeia de valor, cheguei a estes três grupos. Mas faça do jeito que você achar melhor.

Conforme havia dito antes, quanto mais acima, maior a importância/prioridade da atividade. Logo, a mesma regra vale para os grupos. Desta forma, eu chamei o grupo superior de “Atividades Principais”, que é o grupo mais importante, mais prioritário. Logo abaixo dele vem o segundo grupo em ordem de importância/prioridade, que denominei “Atividades de Apoio”. Por último, com menor grau de importância/prioridade, o grupo dos “Princípios e Atitudes”.



Vale uma ressalva aqui: o grau de decaimento da importância das atividades/grupos é ínfima entre elas. O que eu quis dizer, na realidade, é que as atividades mais superiores são prioritárias em relação às de baixo. Mas TODAS são importantes e se inter-relacionam o tempo todo, ou seja, são interdependentes.

Como você poderá notar em breve, os Princípios e Atitudes sustentam as Atividades de Apoio e as Atividades Principais. E as Atividades de Apoio sustentam as Atividades Principais. Isso deve ser regra. Mas há coisas específicas que devem ser adaptadas para cada caso. A cadeia de valor não deve ser igual para todos os concurseiros. Dependendo do concurso que você for prestar, ou da sua condição física atual, ou de certas dificuldades que você tem como estudante devem ser todas levadas em consideração.

Vamos ver em seguida como foi desenhada a cadeia de valor para o meu caso particular. Esta visão da cadeia de valor que apresentarei engloba a minha situação da época que eu era concurseiro, e também da maioria dos concurseiros médios. A definição de quais são os grupos de atividades, quais são as atividades em si escolhidas para compôr a cadeia de valor, e o inter-balanceamento entre elas é algo que deve customizado para cada caso. Você pode pegar a minha cadeia de valor como ideia para a sua, mas deve observar as nuances da sua situação, das suas dificuldades, das suas fortalezas, das peculiaridades do seu caso específico, e levar tudo isso em consideração no momento de montar sua cadeia de valor.

Então, no meu caso, a cadeia de valor foi desenhada da seguinte maneira:



No grupo das Atividades Principais, o núcleo duro do concurseiro: basicamente treinar e estudar. Note que na parte do estudo estão englobados o estudo em si (aprendizado), a fixação e a memorização do conteúdo, e a prática (fazer questões e simulados). E na parte do treinamento físico temos a técnica de cada modalidade (que deve ser obtida a partir de um profissional da área de educação física), a prática e a simulação (igualmente importante a orientação de um profissional da área). 

Repare também que essas atividades de estudo e treinamento físico estão intimamente relacionadas com a MISSÃO do concurseiro (caso não tenha lido nossa postagem sobre MISSÃO, VISÃO e VALORES, segue o link: http://blogmissaofederal.blogspot.com.br/2017/03/coaching-missao-visao-e-valores-do.html).

No segundo grupo, estão as Atividades de Apoio. Essas atividades não são o estudo em si, nem o treinamento físico para o TAF, mas são atividades que correm em paralelo ao estudo e ao treino, e que ajudam, de forma direta ou indireta, que o estudo e o treinamento físico tenham o melhor resultado possível.

Nestas atividades de apoio, coloquei quatro grandes blocos, que são: Descanso/sono/recuperação, Alimentação/hidratação/suplementação, Motivação e Lazer/diversão

Veja que devido à característica de interdependência das atividades, não é possível realizar o estudo e o treino com máxima performance sem o devido descanso recuperador, sem uma boa alimentação/hidratação, sem estar com a motivação em alta, e sem haver um mínimo de lazer e diversãoTudo isso da forma mais equilibrada e balanceada possível. 

Veja: não adianta o aluno estudar 20 horas por dia e dormir 4 horas por dia. Não adianta estudar 7 dias por semana sem nenhum tipo de lazer. A mente precisa estar . O corpo precisa estar minimamente descansado. Tudo que é feito com sabedoria e equilíbrio acaba saindo com melhor resultado.

No último grupo temos Atitudes e Princípios, que estão aqueles itens relacionados com a parte de Foco, Disciplina, Determinação e Organização. Estes parâmetros são a base de toda a cadeia de valor do concurseiro, são os itens mais fundamentais que ajudam no cumprimento de toda a carga de atividades superiores, que são muito mais extenuantes para o concurseiro, sobretudo as principais.

No processo de Coaching aplicamos a ferramenta da Cadeia de Valor do Concurseiro para suportar a parte de Planejamento, Organização e Gestão do aluno, para que entenda a importância das atividades de apoio meio às atividades principais, e que adquira consciência de que são as “pequenas” atitudes a base de todo esse planejamento, e que tudo o que acontece na vida do concurseiro está intimamente interligado e interdependente.

Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, deixe uma mensagem pra gente na parte de comentários, logo abaixo.

E para maior aprofundamento no tema e maiores informações sobre o COACHING MISSÃO FEDERAL (Técnicas de Estudo na Preparação para Concursos Públicos), entre em contato com os Professores (Coaches) do Grupo Missão Federal através da Fan Page no Facebook (https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/) ou através do email: coachingmissaofederal@gmail.com


ATENÇÃO - TERMOS E CONDIÇÕES ("DISCLAIMER") 


Este texto foi redigido pelos COACHES do Grupo de Estudos MISSÃO FEDERAL. TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS (C). A divulgação do conteúdo aqui apresentado tem pré-autorização dos autores para compartilhamento ou divulgação em outros meios desde que seja feito em sua integralidade e sem supressões, adaptações ou alterações, desde que citado o AUTOR (“GRUPO DE ESTUDOS MISSÃO FEDERAL”), bem como citada a FONTE (com menção expressa do link da Fan Page no Facebook - "https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/" - e do link permanente para acesso ao conteúdo original aqui neste blog) e repetido/citado este AVISO (que torna-se parte integrante do texto). Em caso de dúvida, entre em contato conosco previamente através do email coachingmissaofederal@gmail.com. Casos de abuso serão resolvidos na esfera jurídica aplicável, de acordo com a lei.

terça-feira, 7 de março de 2017

COACHING - Objetivos, Metas e Indicadores

Olá amigos concurseiros da área policial, e outras.

Hoje vamos abordar mais um assunto da temática de “POG”, ou seja, Planejamento, Organização e Gestão do estudo.

Aqui no Missão Federal entendemos que existem ferramentas corporativas muito interessantes, que se adaptadas, podem ser usadas para pessoas físicas que estudam para concursos. Hoje falaremos da definição e acompanhamento de objetivos, metas e indicadores.

Muitos de vocês já devem ter lido diversos artigos explicando esses conceitos. Para não perdermos tempo, vamos falar rapidamente sobre eles.

A primeira pergunta que surge naturalmente para quem está lidando com esse assunto é a seguinte: o que são objetivos, e o que são metas? Qual a diferença entre eles?

Existem diferentes respostas para essas duas perguntas, a depender da linha de raciocínio utilizada. Não existe resposta certa ou resposta errada, mas sim resposta coerente e resposta incoerente. Vamos tentar definir esses conceitos de forma coerente com o todo. Pra nós do MF, objetivo e meta às vezes se confundem, e a diferença entre eles é sutil. Mas é fácil de entender.

Basicamente, o objetivo normalmente é algo qualitativo, e a meta algo mais quantitativo. E as duas coisas podem se relacionar num contexto de planejamento e execução.

Vamos dar um exemplo: digamos que eu seja um concurseiro e tenha o objetivo de aumentar a nota das notas dos meus simulados da prova escrita para a Polícia Federal, então, para atingir esse objetivo, vou estabelecer uma meta de 80% de acerto líquido. O objetivo, neste caso, é mais genérico e qualitativo (aumentar a nota) e a meta é mais específica e quantitativa (atingir 80% de acerto líquido). 

As diferenças de objetivo para meta também não têm a ver com a questão do prazo. Tanto o objetivo quanto a meta podem ser de curto, médio ou longo prazo

Podemos também ter vários objetivos hierarquicamente ligados, ou interligados/sequenciados temporalmente. Sendo assim, podemos quebrar um objetivo “maior” (mais complexo, abrangente, e de mais longo prazo) em pequenos objetivos “menores” (de menor complexidade, mais específicos, e/ou de mais curto prazo). E acontece da mesma forma para as metas estabelecidas.

A respeito das metas, elas têm que ser “SMART”. Você com certeza já ouviu este acrônimo (originalmente em inglês), que significa que precisam ser específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e com prazo definido. Sempre que estabelecer uma meta, para saber mesmo que trata-se de uma meta (e não um objetivo), verifique se ela atende estas cinco características.

Mas o que os objetivos e metas têm a ver com a sua ESTRATÉGIA DE APROVAÇÃO, e como se relacionam com o TODO? Como se dá essa relação?

Numa recente postagem nossa aqui do Blog abordamos os conceitos de MISSÃO, VISÃO e VALORES. Estes três parâmetros devem de fato ser definidos antes de se traçar objetivos e metas. Se você já conseguiu entender o conceito e definir sua missão, sua visão e seus valores, vamos em frente, agora é hora de quebrar esses três parâmetros em objetivos, metas e indicadores.

Quando eu aplico essa ferramenta para meus alunos de Coaching, primeiramente costumo direcionar o raciocínio no sentido de definir um objetivo maior e mais abrangente, que é o de tomar posse no cargo de Agente/Escrivão da PF, ou de Policial Rodoviário Federal, dependendo do caso. 

Quando o objetivo é tão grande e abrangente quanto este, fica difícil de estabelecer as metas para atingi-lo, portanto o que eu recomendo é quebrar este grande objetivo em vários objetivos menores, mais simples de serem compreendidos, mais fáceis de serem atingidos, e desta forma, mais fáceis de mensurar e controlar (indicadores).

Vamos abstrair um pouco. Digamos, por exemplo, que você tenha como objetivo correr uma maratona. É um objetivo “grande”, que leva um certo tempo para ser atingido, afinal, você precisará de muitos meses não só realizando treinamentos de corrida, mas estudando o tema a fundo, com todas as suas técnicas, e também tomando cuidados com alimentação, sono, etc. Não seria mais fácil, portanto, quebrar este objetivo de longo prazo em pequenos objetivos de curto prazo? Eu não sou corredor maratonista, não tenho ideia de quais sejam as sub-etapas a serem realizadas para se conseguir chegar no nível de um maratonista, mas com um pouco de bom senso, diria que é possível estabelecer objetivos progressivos, como por exemplo o de conseguir correr 5 km já nos primeiros dois meses, correr 10 km nos primeiros 6 meses, 15 km nos primeiros 9 meses, 21 km depois de um ano, e talvez chegando nesse nível de treinamento já se esteja próximo ao objetivo final, de conseguir correr uma maratona.

Um parênteses! Me perdoem os corredores profissionais e maratonistas se meu exemplo é tecnicamente errado. Eu não faço ideia se é possível atingir 21 km um ano após o início dos treinos. Acho que depende muito da idade da pessoa, da preparação física prévia, e uma série de outros fatores que desconsiderei no meu exemplo. Mas abstraiam de tudo isso e entendam apenas a ideia da quebra do objetivo maior em pequenos objetivos.

Então, voltando à nossa realidade, no caso do concurseiro, o objetivo principal é o de tomar posse no concurso da PF. Para isso, o cara vai precisar ter objetivos menores, como por exemplo o objetivo de estudar/revisar o edital no mínimo 1 vez (vamos chamar este de objetivo 1), o objetivo de estar com nível de proficiência acima dos seus concorrentes (vamos chamar de objetivo 2), e o objetivo de treinar a parte física a ponto de estar pronto para o TAF na época certa (objetivo 3).

Então, veja, esses objetivos são mutuamente dependentes, são interligados. Não adianta nada ser aprovado na prova escrita e ser reprovado no TAF. O aluno tem que atingir todos os objetivos de forma concomitante. Quebrar o objetivo maior em objetivos menores não faz com que sua tarefa fique menos difícil, mas a deixa mais organizada, mais fácil de administrar, medir e controlar.

Sendo assim, para tomar posse no concurso da PF o aluno precisa estudar/revisar o conteúdo (objetivo 1), mas não só isso, pois também tem que fazer isto, mas num nível tal que esteja acima dos seus concorrentes (objetivo 2), e também não pode esquecer de treinar para o TAF (objetivo 3).

Vejam, quando digo que são objetivos concomitantes, estou colocando desta forma porque não adianta só estudar/revisar “a esmo” (objetivo 1)... É preciso focar em estar com nível de proficiência elevado (objetivo 2). Mas quanto elevado? O suficiente a estar “acima da média” da concorrência. 

O objetivo de estudar/revisar (objetivo 1), no caso, seria um objetivo que deveria ter suas metas com foco na “velocidade”. O objetivo de estar acima dos concorrentes (objetivo 2) seria um objetivo que deveria ter suas metas com foco na “qualidade”. 

Tem que se estudar todo o conteúdo (objetivo 1), mas com foco no resultado (objetivo 2). 

Há que se ter um balanço entre velocidade e qualidade. Reparou então que estes dois objetivos são interligados? E reparou também que a aprovação na prova escrita depende de ambos? E que, além disto, de nada adianta atingir os dois primeiros objetivos e deixar o treinamento físico de lado (objetivo 3), porque para atingir o objetivo principal (tomar posse no concurso da PF) há que se atingir de forma simultânea os objetivos 1, 2 e 3?

Então, meu caro… Veja que: definindo o objetivo principal e os objetivos secundários desta forma, como fiz acima, é possível deixar a estratégia de aprovação toda “amarrada” num conjunto interdependente de ações que estão alinhados com sua estratégia de vida (missão, visão e valores), ou seja, tomar posse no concurso da PF.

É claro que tudo isto que falei aqui é apenas um exemplo… os parâmetros podem variar, de pessoa pra pessoa. Pode ser que alguém queira estabelecer parâmetros mais detalhados e específicos. Outros podem preferir deixar a coisa de forma mais genérica… Costumo dizer que não existe estratégia errada. Podem existir diferentes estratégias que vão te levar para o mesmíssimo resultado. E normalmente é isso mesmo que ocorre na vida real: as pessoas estudam das mais variadas formas, usam diferentes estratégias, aplicam diferentes táticas, usam diferentes materiais, aprendem com diferentes professores, mas no final todas são aprovadas. Cada um tem que descobrir a maneira que funciona melhor para si.

Mas continuando nosso raciocínio, depois de estabelecidas as metas secundárias, quaisquer que sejam elas, é o momento para definir as metas e os indicadores

Cada objetivo deve ter pelo menos uma meta, e cada meta, pelo menos um indicador. Podem ser definidas mais de uma meta para cada objetivo, e mais de um indicador para cada meta. Há que se ter bom senso para não deixar o sistema muito complexo, o que o tornaria difícil de ser acompanhado, mensurado e controlado. E quando o sistema de controle tem um custo maior que o benefício do controle, algo está errado.

Apenas a título de exemplificação, vamos falar do objetivo 1 do meu exemplo, qual seja, o de estudar/revisar todo o conteúdo do edital pelo menos uma vez (antes da prova, obviamente - já colocando aqui a questão do prazo, que também é relevante). Quais poderiam ser as metas a serem atingidas para que este objetivo secundário seja alcançado?

Eu costumo dizer aos meus alunos que não é possível ciclar o edital inteiro com qualidade em menos de 1 ano (para quem começou a estudar há pouco tempo). Este seria o prazo para cumprimento deste objetivo. Então, pensando aqui nas possíveis metas relacionadas a este objetivo: para estudar/revisar todo o edital, em um ano, há que estabelecer um ciclo equilibrado de estudos (meta 1), bem como estabelecer uma rotina diária de estudos a ser seguida (meta 2), e estabelecer um cronograma geral por disciplina (meta 3). Você verá que, da mesma forma como foi feito com os objetivos, aqui a gente vai deixar as metas “amarradas” entre elas, de maneira que, somente com o atingimento de todas as metas, o objetivo é cumprido.

Repare que a meta 1 não é simplesmente desenhar o ciclo de estudos. Não basta que isto seja feito para que a meta esteja cumprida. Teremos que criar um indicador (ou mais de um), que seja constantemente monitorado, a fim de checar o cumprimento da meta. Se a meta tem a ver com criar um ciclo de estudos e fazer com que ele seja cumprido, este indicador deve monitorar o cumprimento da meta. Como fazer para monitorar se o ciclo de estudo está sendo cumprido? Há que se criar uma planilha para fazer o acompanhamento do ciclo, ou seja, deve-se verificar se as disciplinas estão sendo estudadas na sequência correta e no tempo correto definido para cada uma (ou com menor desvio possível), se as revisões estão sendo feitas dentro do prazo, ou não.

A meta 2 por sua vez não é simplesmente criar uma rotina diária de estudos, com base nas obrigações pessoais e profissionais do aluno. Primeiramente, claro, o aluno deve definir quantas horas brutas tem disponíveis num dia típico de estudo. Este é o ponto inicial. Daí em diante o aluno também deve monitorar o cumprimento deste, através de um indicador. Um possível indicador para aferir o cumprimento desta meta é estabelecer uma quantidade de horas líquidas de estudo por dia (meta diária), e passar a registrar diariamente as horas líquidas efetivamente estudadas. A ideia é constantemente comparar a quantidade de horas estudadas por dia com a quantidade de horas estabelecida. Pode ser feito também um acompanhamento semanal, de maneira que o aluno monitore o indicador diariamente e também semanalmente.

A meta 3 é a de estabelecer um cronograma geral, com prazo limite para estudar pelo menos 1 vez por completo cada disciplina até o dia da prova. Além de montar o cronograma, é necessário acompanhar o andamento do mesmo. Há que se criar uma ferramenta para acompanhar tal meta. No contexto do Coaching do Missão Federal, temos uma planilha que controla o total de video-aulas ou de páginas que o aluno tem que estudar em cada disciplina, bem como a quantidade de video-aulas/páginas que já estudou até o momento, e qual a data prevista para terminar aquela disciplina (baseado no tempo passado e no número de video-aulas já estudadas ou páginas já lidas). Acompanhando este indicador, podemos verificar se a meta está sendo cumprida, e se está à frente ou atrás do cronograma.

É imprescindível, portanto, acompanhar esses indicadores versus as respectivas metas ao longo do tempo, e fazer ajustes ao plano, se necessário, para que o objetivo 1 seja cumprido. Se as metas estão sendo cumpridas, o objetivo está sendo cumprido. Para saber se as metas estão sendo cumpridas, há que se monitorar os indicadores estabelecidos e comparar com as metas.

Não vamos nos estender muito mais, mas repare que falamos detalhadamente apenas do objetivo 1. Por analogia, devemos aplicar ao objetivo 2 o mesmo conceito aplicado ao objetivo 1, qual seja, estabelecer metas e indicadores para que o objetivo 2 seja cumprido. 

Vamos dar uma ajuda rápida para fazer as metas e indicadores do objetivo 2… Lembram-se que falamos que o objetivo 1 é mais focado na velocidade do andamento do estudo e o objetivo 2 é mais focado no resultado que esse estudo vai gerar? Então, pela lógica, as metas do objetivo 2 têm que ser mais focadas nas questões de concurso e nos simulados. As metas e indicadores a serem criados tem que estar relacionados com a medição da quantidade de questões feitas e o resultado líquido obtido, bem como a quantidade de simulados feitos e o resultado líquido obtido. O resultado líquido percentual deve ser utilizado como parâmetro aqui, e comparado com a concorrência.

E mais uma vez, por analogia, tal metodologia deve ser aplicada ao objetivo 3 (relacionado ao treinamento da parte física). É necessário estabelecer um cronograma de treinamento, e acompanhar seu cumprimento, através de metas e indicadores. Temos ferramentas já prontas (planilhas) relacionadas a tudo isso, e normalmente utilizamos no processo de Coaching, pois é assunto extenso demais para ser comentado numa única postagem de blog.

Era isso que tínhamos para falar hoje. Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, deixe uma mensagem pra gente na parte de comentários, logo abaixo.

E para maior aprofundamento no tema e maiores informações sobre o COACHING MISSÃO FEDERAL (Técnicas de Estudo na Preparação para Concursos Públicos), entre em contato com os Professores (Coaches) do Grupo Missão Federal através da Fan Page no Facebook (https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/) ou através do email: coachingmissaofederal@gmail.com



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Este texto foi redigido pelos COACHES do Grupo de Estudos MISSÃO FEDERAL. TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS (C). A divulgação do conteúdo aqui apresentado tem pré-autorização dos autores para compartilhamento ou divulgação em outros meios desde que seja feito em sua integralidade e sem supressões, adaptações ou alterações, desde que citado o AUTOR (“GRUPO DE ESTUDOS MISSÃO FEDERAL”), bem como citada a FONTE (com menção expressa do link da Fan Page no Facebook - "https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/" - e do link permanente para acesso ao conteúdo original aqui neste blog) e repetido/citado este AVISO (que torna-se parte integrante do texto). Em caso de dúvida, entre em contato conosco previamente através do email coachingmissaofederal@gmail.com. Casos de abuso serão resolvidos na esfera jurídica aplicável, de acordo com a lei.

sábado, 4 de março de 2017

COACHING - Missão, Visão e Valores do Concurseiro

Olá amigos concurseiros da área policial, afins, e de tantas outras áreas também - por que não? Afinal, hoje o que vamos falar aqui se aplica para concurseiros de qualquer área.

Apesar do nosso blog ter um foco muito maior nos concursos para a área policial, muitos dos assuntos que abordamos aqui se aplicam para todas as áreas.

Hoje vamos falar de um assunto que se relaciona com a parte do “POG”, ou seja, do  Planejamento, Organização e Gestão do seu estudo. Trata-se de um tema de conhecimento que não é técnica de estudo em si (atividade fim), mas sim um tema-meio, que vai te ajudar a se planejar, organizar e gerir melhor seu tempo e seu estudo, como o nome mesmo já diz.

Antes de tudo, vamos estabelecer a seguinte ideia central: a de que existem várias DESVANTAGENS de se estudar “aleatoriamente”, ou seja, sem pensar antes O QUE estudar, COMO estudar, QUANDO estudar, e PORQUE fazer cada coisa de determinado jeito.

Dito isto, quanto mais você racionalizar seu estudo, melhor pra você, pois provavelmente estará utilizando melhor seu tempo, equalizando melhor seu conhecimento entre as disciplinas, dando mais ênfase ao que é realmente necessário, enfim, tornando-se um concurseiro profissional, e que terá muito mais chances de atingir a tão sonhada meta: tomar posse no cargo dos seus sonhos.

Pois bem, dentre os tantos temas de POG, abordaremos hoje uma das partes mais básicas e essenciais da estratégia, que é a definição de MISSÃO, VISÃO e VALORES.

Para explicar este importante conceito, vamos começar com uma analogia. Toda empresa que faz gestão estratégica utiliza desse recurso, que serve para comunicar aos seus funcionários, fornecedores, clientes, e acionistas  o que é que aquela empresa faz, onde quer chegar, e quais são seus princípios e valores mais básicosÉ um resumo do que a empresa é e o que faz, e ajuda a orientar esses entes/pessoas na mesma direção.

Repare que tanto os funcionários quanto fornecedores, clientes, acionistas são impactados direta ou indiretamente pelo resultado da empresa. Se a empresa vai bem, normalmente eles também vão. Se a empresa vai mal, eles vão mal também. É interessante conhecer o rumo que a empresa está indo, a fim de agir ativamente em prol de um mesmo objetivo, ou mesmo de estar alinhado com ele, e de poder se planejar, tanto para o bem quanto para o mal.

Todo funcionário deveria conhecer a missão, a visão e os valores da empresa onde trabalha, para saber primeiramente se seus objetivos pessoais estão alinhados com os objetivos estratégicos de longo prazo da empresaAlém disso, é algo que também ajuda na tomada de decisões no dia-a-dia, que impactam diretamente no rumo que a empresa está tomando.

Por exemplo, imagine que um funcionário trabalha na área de compras numa empresa que valoriza muito o meio-ambiente; então, no momento que for adquirir folhas de papel, de forma alinhada com os valores da empresa, vai comprar papel reciclado, que agride menos o meio ambiente. Esta decisão certamente trará impactos positivos para a empresa, em diversas áreas.

Não vamos nos estender muito aqui nos exemplos porque não é o objetivo da postagem. A ideia é: entender que todas as decisões e ações tomadas, nos diversos níveis (estratégico, tático ou operacional), devem estar alinhados com esses três parâmetros.

Mas vamos agora definir um pouco melhor o que são esses três parâmetros, e como se relacionam com o mundo dos concursos.

Vamos considerar a hipótese de o concurseiro querer tomar posse no cargo de AGENTE DE POLICIA FEDERALNeste caso, quais seriam: sua missão, sua visão e seus valores? 

Lembrando que “passar no concurso da PF” significa TOMAR POSSE, e não apenas passar na prova escrita e ser reprovado no TAF, ou passar em todas as etapas e chegar no curso de formação em Brasília e ser reprovado/eliminado antes do fim por qualquer motivo que seja. 

O concurso da PF é um concurso complexo e com etapas muito difíceis em série, ou seja, só toma posse (meta FINAL do concurseiro) quem é aprovado em TODAS as etapas de forma sequencial. Lembre-se disto ao planejar e executar sua preparação! Você vai entender o motivo mais para frente.

Então, para um concurseiro, e considerando um nível mais genérico, como definiriamos estes parâmetros? 

Antes de responder, faça uma correlação com o exemplo da empresa. Pense no concurseiro como um funcionário, um diretor, ou um acionista da empresa "Corcurseiro Eu", e que deseja que sua empresa prospere, pois quando isto acontecer, ele também prosperará. Pois bem.

MISSÃO – ESTUDAR/TREINAR EM RITMO CONSTANTE (COMO HÁBITO), SE POSSÍVEL TODOS OS DIAS, E DE FORMA OTIMIZADA E O MÁXIMO QUE PUDER, DENTRO DAS HORAS DISPONÍVEIS

VISÃO – TOMAR POSSE NO CONCURSO DE AGENTE OU ESCRIVÃO DA PF

VALORES:
- O ESTUDO E O TREINO TÊM PRIORIDADE TOTAL SOBRE TODAS AS OUTRAS ATIVIDADES
- ESTUDAR/TREINAR ANTES / SE DIVERTIR/DESCANSAR DEPOIS
- CICLAR OS TÓPICOS E AS DISCIPLINAS COM VELOCIDADE E QUALIDADE
- PREZAR PELA MEMORIZAÇÃO TÉCNICA
- TER UMA META DE ESTUDO DE LONGO PRAZO E CUMPRIR AS METAS DE CURTO PRAZO
- MANTER AS REVISÕES EM DIA (NÃO DEIXAR ACUMULAR AS REVISÕES)
- FAZER O MÁXIMO POSSÍVEL DE QUESTÕES

Agora, como poderíamos explicar/detalhar melhor esses três itens, para que fiquem mais completos?

MISSÃO – “ESTUDAR/TREINAR EM RITMO CONSTANTE (COMO HÁBITO), SE POSSÍVEL TODOS OS DIAS, E DE FORMA OTIMIZADA E O MÁXIMO QUE PUDER, DENTRO DAS HORAS DISPONÍVEIS” - o que significa isto? Significa estudar tempestivamente e de forma intensa, com planejamento e inteligência, de maneira a estar mais preparado que meus concorrentes, na época da prova para AGENTE DE POLICIA FEDERAL, bem como treinar de forma a estar pronto para realizar o TAF a no máximo 1 mês após a data prevista da prova escrita.

VISÃO – “TOMAR POSSE NO CONCURSO DE AGENTE OU ESCRIVÃO DA PF” significa tomar posse no cargo de AGENTE DE POLICIA FEDERAL, tendo sido aprovado em todas as etapas anteriores com folga (prova escrita, teste físico, psicotécnico, exames médicos, exame toxicológico, investigação social e curso de formação profissional)

VALORES – todos os valores ali definidos priorizam o estudo e treino primeiro (o descanso e a diversão vêm depois), e tudo isso com foco e determinação, equilíbrio e sabedoria.

De forma análoga ao exemplo empresarial que vimos antes, a definição de missão, visão e valores ajudam o concurseiro a alinhar todas as suas atitudes do dia-a-dia com foco na sua estratégia, e de sua meta de vida: de passar no concurso que almeja. 

É uma ferramenta que ajuda a “lembrar”, a todo momento, que ele tem um objetivo maior a ser cumprido, na verdade uma visão de longo prazo, uma meta final a ser alcançada.

IMPORTANTE: sem haver esse alinhamento e comprometimento das ações do dia-a-dia com a estratégia e a meta de vida, vários problemas acontecem, tanto no planejamento quanto na execução das atividades. Qualquer decisão do dia-a-dia tem que ser feita com base na MISSÃO, na VISÃO e nos VALORES que definiu anteriormente.

Mas veja: definimos estes parâmetros desta maneira apenas como referência. Cada concurseiro pode definir seus parâmetros da maneira como quiser, ok? Talvez para um concurso da área fiscal, por exemplo, alguns ajustes precisam ser feitos (afinal o concurseiro fiscal não precisa fazer treinamento físico, por exemplo).

Vamos dar um outro exemplo contextualizado. No momento que for convidado para uma festa de casamento, o concurseiro deve pensar se essa festa está alinhada com sua meta maior de passar no concurso. Algumas perguntas-chave devem ser feitas para fazer esta checagem, como por exemplo:
- Ir nesse evento vai te ajudar a ser aprovado no concurso? Sim ou não? 
- Ir a um evento deste tipo estando com várias revisões atrasadas é uma coisa boa ou ruim?...
- Ir a um evento deste tipo é prioridade na sua vida, ou algo secundário?
- Você se sentiria confortável gastando horas úteis de estudo, talvez se embriagando, acordando tarde no dia seguinte, deixando de estudar?

Outro exemplo. No momento que estiver em dúvida se gasta R$ 1.500,00 para adquirir um cursinho atualizado ou se compra um vídeo-game novo, deve pensar qual das duas ações vai influenciar mais na aprovação no concurso. Qual dos dois produtos está mais alinhado com sua estratégia de vida? O vídeo-game está alinhado com sua MISSÃO, com sua VISÃO e com seus VALORES?

Em suma, novamente, todas as ações do concurseiro devem estar alinhadas com sua missão e com sua visão, bem como com seus valores. 

Claro que nem sempre é possível estar 100% alinhado, mas é imprescindível estar sempre avaliando qual o tamanho do desvio. Sempre que estiver se desviando muito desses parâmetros, o concurseiro deve repensar suas atitudes, suas ações, seu planejamento de curto prazo, e fazer ajustes para retomar ao rumo inicial.

Agora um outro ponto bem importante: esta ferramenta não termina após a definição dos três parâmetros, muito pelo contrário, é apenas o começo de tudo. Trata-se de um exercício de reflexão e internalização constantes. A missão, a visão e os valores do concurseiro devem ser impressos e colocados bem visíveis, na parede de casa, para que possam ser constantemente lidos e eventualmente até revisados. 

Além disto, é bom lembrar que o processo de aplicação completo desta ferramenta é feito através do Coaching, com a ajuda de um profissional da área.

Era isso que tínhamos para falar hoje. Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, deixe uma mensagem pra gente na parte de comentários, logo abaixo.

E para maior aprofundamento no tema e maiores informações sobre o COACHING MISSÃO FEDERAL (Técnicas de Estudo na Preparação para Concursos Públicos), entre em contato com os Professores (Coaches) do Grupo Missão Federal através da Fan Page no Facebook (https://www.facebook.com/MissaoFederalMF/) ou através do email: coachingmissaofederal@gmail.com




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